Balanços da semana

América Latina sairá da crise ainda mais pobre, diz BID

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, afirmou nesta segunda-feira (27) que a América Latina sairá da crise com taxas mais elevadas de pobreza, em relação ao período pré-pandemia.

O executivo declarou que a região, onde o crescimento econômico já vinha desacelerando nos últimos anos, deverá registrar um queda de 8% a 10% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. As projeções refletem o impacto do novo coronavírus e das medidas de isolamento social, que elevaram o desemprego e o endividamento dos países da América Latina.

A pandemia de covid-19 irá “empobrecer não apenas os latino-americanos, [porém também] o mundo em geral, mas claramente a América Latina será mais afetada porque somos uma região [de mercado] emergente”, destacou o presidente do BID.

Suno One: o primeiro passo para alcançar a sua independência financeira. Acesse agora, é gratuito!

O Banco Interamericano de Desenvolvimento, o maior credor de nações latino-americanas, aprovará ainda neste cerca de US$ 20 bilhões (equivalente a R$ 103,4 bilhões na cotação atual do dólar) em empréstimos. Além disso, serão destinados quase US$ 15 bilhões aos governos para fortalecer os sistemas de saúde, acrescentou.

Venezuela registra maior contração em toda a América Latina

A Venezuela foi o país que registrou a maior queda em sua atividade econômica entre as nações da América Latina. Apesar disso, o BID não pode financiar o governo do presidente Nicolás Maduro, visto que o mesmo se mostra inadimplente em empréstimos de cerca de US$ 700 milhões, afirmou Moreno.

A Venezuela atravessa uma recessão que já dura mais de seis anos e possui uma inflação anualizada que supera os 3.500%, segundo a Assembleia Nacional, controlada pela oposição e que calcula indicadores em função de atrasos e manipulação na divulgação de dados oficiais.

Saiba mais: China emprestará US$ 1 bilhão à América Latina para acesso à vacina

“Não há absolutamente nada que possamos fazer pela Venezuela”, afirmou o presidente do banco de desenvolvimento para a América Latina. “Não há país na história da humanidade que tenha sofrido uma contração tão profunda quanto a da Venezuela sem ter sofrido uma guerra ou um desastre natural ou ambos”.

Arthur Guimarães

Compartilhe sua opinião