Amazônia: Tereza Cristina defende juros baixos a produtores sustentáveis

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, declarou nessa quarta-feira (19) que aqueles agricultores e pecuaristas que produzem na região amazônica de maneira sustentável e conforme a lei ambiental brasileira, deveriam contar com incentivos, como juros bancários mais baixos ou perto de zero. A declaração foi proferida durante um evento do Itaú BBA, quando a ministra foi questionada sobre o dever da sociedade para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“Temos de dar respaldo para aqueles produtores que estão naquela região [Amazônia], para que eles tenham alguma vantagem para poder produzir de maneira sustentável — eles têm vantagens, mas também desvantagens. À medida que eles crescerem nesses manejos e sistema sustentáveis, eles têm de ter premiação, por que só ter o ônus?”, destacou a ministra na ocasião.

Tereza Cristina ainda defendeu que aqueles produtores que estão abrindo uma área da maneira correta, com ferramentas mais modernas e dentro do arcabouço legal das leis ambientais, deviam ter um financiamento de quase zero de juros.

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Segundo a ministra, isso poderia ajudar a “fazer uma imagem muito boa, que o Brasil está precisando neste momento”. Além disso, ela reforçou que o País conta com 66% da vegetação nativa preservada ao longo de todo o seu território.

Durante o evento online, ela comentou sobre a rastreabilidade na pecuária e salientou que é algo muito importante a se fazer. Ela ainda defendeu que pecuaristas rastreados deveriam arcar com juros menores, e os frigoríficos deveriam pagar mais por esse gado.

Além disso, a ministra apontou que “dizem que vamos fazer a MP da grilagem. Sou uma pessoa prática, temos de colocar o dedo na ferida e resolver. Quem estiver de maneira irregular, tem de cumprir a lei, mas tem de resolver quem está lá há muitos anos esperando regularização, gente que foi para lá com promessas do governo federal e que está lá abandonada, e vocês não podem nem financiar”.

Sobre o processo de regularização, a Tereza Cristina explicou que “o sujeito para poder se regularizar é tanto documento… O que precisamos fazer é simplificar a maneira de fazer, mas ele vai ter de entregar os documentos e registrar no cartório”.

Empresas europeias ameaçam cortar investimentos no Brasil devido ao desmatamento na Amazônia

De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, sete grandes empresas de investimento europeias afirmaram à agência “Reuters”, em meados de junho que deixarão de investir no Brasil, caso o País não apresente uma solução para o desmatamento na Amazônia.

O corte de investimentos, segundo o jornal, incluiria produtores de carne, operadoras de grãos e até títulos do governo brasileiro. As gigantes Nordea (finlandesa) e a Legal & General Investment Management (LGIM), que é britânica, são algumas das empresas que estão repudiando o que está acontecendo com a floresta tropical, que é considerada por especialistas o “pulmão do mundo”. Estes dois grupos de investidores possuem sob seus guarda-chuvas mais de US$ 2 trilhões em ativos administrados.

Com essa atitude, os grupos mostram que o setor privado está tomando atitudes globais para proteger a Amazônia.

O desmatamento na Amazônia brasileira no ano passado atingiu seu maior pico dentro de um período de 11 anos. Vale destacar que 2019 foi o primeiro ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

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Laura Moutinho

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