Amazon sofre pressão e desiste de erguer segunda sede em Nova York

A Amazon anunciou nesta quinta (14) que desistiu de construção sua segunda sede em Nova York. Fortes pressões de políticos locais motivaram a decisão da empresa. A informação é da agência Reuters.

A desistência da Amazon em levar parte de sua estrutura para Nova York findou um período de intensas negociações no local. A gigante do comércio eletrônico estimava criar 700 vagas na cidade até o fim de 2019. Com os planos naufragados, a empresa disse que pretende distribuir esses cargos entre suas operações no Tennessee e na Virgínia.

Saiba mais: Fundador da Amazon denuncia chantagem e extorsão de tabloide

Muitos políticos de Nova York se puseram em oposição firme contra a ideia de uma sede da Amazon na cidade. As críticas se concentram no fato de a prefeitura ter oferecido US$ 2,8 bilhões em incentivos fiscais para que a empresa se estabelecesse.

Moradores da vizinhança do local onde viria a ser construído o prédio tampouco gostaram da ideia. Eles temiam ser obrigados a se mudar em razão da especulação imobiliária e de uma eventual alta nos preços dos aluguéis. Além disso, contou o fato de os sistemas de esgoto e metrô já estarem saturados.

Saiba mais: Amazon expande lucro do trimestre em 63%

“Em vez de abordar as preocupações legítimas que foram levantadas por muitos nova-iorquinos, a Amazon diz que você ou faz do jeito dela ou não, sem sequer considerar as nossas preocupações. Não é o que uma empresa responsável faria”, disse Chelsea Connor, do sindicato do setor privado Retail Wholesale and Department Store Union.

A gigante fundada por Jeff Bezos descartou a ideia de abrir um novo “processo seletivo” para encontrar um outro local. “Continuaremos a contratar e crescer em nossos 17 escritórios corporativos e centros de tecnologia nos Estados Unidos e Canadá”, comunicou.

Saiba mais: Empresa de desafeto de Bezos tem US$ 1,3 bi em dívidas, diz Bloomberg

Chicago, Miami e Newark, entretanto, mantêm-se interessadas em sediar uma nova unidade da Amazon. A garantia da companhia de gerar 25 mil empregos é um dos atrativos.

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião