Amazon passa a vender outras 15 categorias além dos livros

A Amazon passa a vender produtos de 15 categorias além dos livros no Brasil a partir desta terça-feira (22).

Destaque mundial em e-commerce (comércio eletrônico), a Amazon disponibilizará produtos em 11 categorias que incluem utensílios de cozinha, eletrônicos e informática.

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Além disso, a empresa também lançou novas quatro categorias em seu site:

  • bebê;
  • beleza;
  • cuidados pessoais;
  • e brinquedos.

Assim, a Amazon passa a oferecer, nas 15 categorias, cerca de:

  • 120 mil produtos do próprio catálogo: os itens são vendidos e entregues pela própria Amazon, no modelo intitulado 1P ou venda direta. O valor exclui os 200 mil produtos que já estavam no portifólio (livros).
  • 20 milhões de produtos do catálogo de empresas terceririzadas: os itens são vendidos e entregues empresas parceiras, no modelo intitulado 3P ou venda indireta), na estrutura de marketplace.

A empresa, que tornou-se a mais valiosa na Bolsa de Nova York (NYSE) no último dia 07, vem expandindo o leque de opções para os brasileiros desde 2017.

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A abertura do comércio da Amazon, que está no Brasil há seis anos, para produtos no marketplace foi um importante avanço.

O marketplace é uma estrutura de negócios que permite que empresas terceirizadas utilizem a plataforma digital de outra empresa (no caso, a Amazon) como canal de vendas.

Agora, a norte-americana do e-commerce passa a oferecer uma ampliada cartela de produtos, que ultrapassam os livros e dispositivos Amazon (como o leitor digital Kindle).

“O objetivo é dar uma boa experiência de compra, para que o consumidor volte quando precisar de algo”, disse Alex Szapiro, diretor da Amazon no Brasil. Segundo Szapiro, o foco está em levar a conveniência de compras pela qual a companhia é conhecida, para outros segmentos no mercado brasileiro.

Moda e esporte serão as únicas categorias que continuarão exclusivamente sendo fornecidas por parceiros no marketplace.

Novo centro de distribuição da Amazon

A Amazon confirmou seu novo centro de distribuição no Brasil. Com 47 mil metros quadrados, o novo espaço fica na cidade de Cajamar, interior de São Paulo. A tecnologia do centro é embasada nos padrões norte-americanos.

Os processos de “picking and packing” (separação/organização e de embalagem do produto) ocorrem distintamente do modelo padrão seguido pelas empresas.

A organização dos corredores costuma ser feita por setor ou tipo de produto. No novo centro de distribuição, a disposição é aleatória.

“Sabemos que a compra do consumidor é aleatória [também]”, explicou Daniel Mazini, diretor de Varejo da Amazon no Brasil, à redação do “E-commerce Brasil”.

De acordo com a Folha de S. Paulo, apenas 26 centros de distribuição no mundo são robotizados e automatizados. Com processos de inteligência artificial e máquinas que retiram produtos de prateleiras e entregam a trabalhadores.

Na unidade de Cajamar, o trabalho é humano. Empregados recebem as unidades, alocam nas prateleiras, direcionam para esteiras, etiquetam e embrulham.

Os centros da Amazon estão concentrados nos Estados Unidos da América (EUA). Apenas na Califórnia, são 18. A Europa segue a liderança, seguida da  Índia conta com 10, e a China, com 12.

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Velocidade de entrega no e-commerce

O endereço em Cajamar já está em funcionamento. A inauguração do espaço foi essencial para a empresa oferecer alguns serviços logísticos semelhantes aos praticados nos EUA. A velocidade de entrega é um exemplo.

Desta forma, o menu de fretes engloba entregas simples, entregas agendadas e entregas expressas. Nas expressas, internautas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba recebem suas compras em até dois dias.

As entregas são feitas pelos Correios, Total Express, Sequoia ou Loggi.

“Sempre buscamos ampliar esse leque [de empresas]. Não adianta falar que vai entregar em dois dias e não cumprir.”, afirmou Mazini.

A gigante do e-commerce também instituiu uma política de frete grátis. A entrega gratuita é válida nas compras acima de R$149 feitas no site (apenas para produtos vendidos pela empresa).

O frete de livros e CDs também será gratuito para quem gastar a partir de R$ 99.

“A tecnologia na distribuição é a mesma usada lá fora, em termos de segurança e procedimento”, declarou Szapiro, o diretor da Amazon no Brasil.

Amanda Gushiken

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