Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi deve mudar, diz ministro francês

A aliança Renault-Nissan-Mitsubishi deve ser alterada, de acordo com o ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire.

Após a reunião com o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Hiroshige Seko, Le Maire, afirmou que a aliança automotiva Renault-Nissan-Mitsubishi está fadada a se tornar insustentável, se não for aplicado mudanças.

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Le Maire se reuniu com Seko em Paris, em reunião de ministros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que acabará nesta quinta-feira (23).

O governo francês é o maior acionista da Renault possuindo uma participação de 15%. A Renault controla 43,3% da Nissan.

Recentemente foi levantada a hipótese de uma holding entre Renault e Nissan. No entanto, o presidente e CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, rejeitou os pedidos de fusão afirmando que “agora não é a hora”. O posicionamento do CEO vem se tornando comum na Nissan, por conta das tentativas do ex-líder da aliança, Carlos Ghosn, de aproximar as empresas.

Carlos Ghosn, foi preso no Japão acusado de sonegação e fraude. Em 06 de março deste ano, foi solto pela primeira vez após pagamento de fiança. No entanto, cerca de um mês depois voltou a ser preso por novas denúncias de sonegação financeira. Mas em 25 de abril foi libertado novamente, sob novo pagamento de fiança.

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Declarações dos líderes sobre a aliança

Le Maire não falou diretamente de uma proposta de fusão. No entanto, salientou a importância do desenvolvimento do relacionamento comercial das empresas. “Temos que avançar, desenvolver e fortalecer essa aliança”.

Enquanto isso, Seko expressou o desejo de ajudar no fortalecimento da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. “Eu apoio fortemente sua determinação em manter e fortalecer a relação de cooperação entre a aliança franco-japonesa”.

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Renan Bandeira

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