Aliados avaliam trocar Mourão como vice de Bolsonaro

Segundo coluna no jornal O Estado de S. Paulo, partidários e aliados de Jair Bolsonaro (PSL) consideraram fazer a troca de seu candidato a vice-presidente, o general Hamilton Mourão. A informação vem em um momento em que as declarações do vice estão cada vez mais controversas, com ataques a famílias encabeçadas por mães solteiras e críticas a direitos trabalhistas como décimo-terceiro salário e adicional de férias.

De acordo com o jornal, a movimentação de trocar Mourão só não foi adiante por medo de que isso resultaria na anulação da chapa, visto que a justiça prevê que só se pode haver troca até 20 dias antes do pleito. Embora haja precedente para que isso seja desconsiderado, os aliados de Bolsonaro consideraram que seria um risco muito grande.

A reportagem diz que falou com dois ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que afirmaram que a chapa pode ser inviabilizada se houver renúncia de Mourão. No entanto, existiria a possibilidade da Corte considerar adotar outra decisão pois o candidato é líder nas pesquisas.

O precedente favorável é o caso do vice de Iris Rezende, que renunciou após a vitória para a prefeitura de Goiânia. O TSE reconheceu que seria injusto que o titular fosse prejudicado e permitiu que fosse apontado um novo vice.

Para vice de Bolsonaro, já foram considerados nomes como Janaina Paschoal, o príncipe Orleans e Bragança e Álvaro Dias. No entanto, o candidato do Podemos já disse que não renuncia sua campanha.

Daniel Quandt

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