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Alemanha critica programa de ‘quantitative easing’ do BCE e pede explicações

A Alemanha afirmou nesta terça-feira (5) que a compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) no programa de ‘Quantitative Easing’, que vigorou entre 2015 e 2018 e foi reiniciado no final do ano passado, não respeitava o ‘princípio da proporcionalidade’. Dessa forma a Alemanha julgou que o BCE tomou medidas que excedem seu mandato.

A Quantitative Easing é uma política monetária que aumenta a oferta de moeda de uma economia. O objetivo do programa iniciado pelo BCE em 2015 era dar apoio a economia da Zona do Euro, mantendo os custos dos empréstimos baixos para todos países que pertencem a essa união monetária.

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“O BCE falha em conduzir o necessário equilíbrio entre o objetivo da política monetária e os efeitos da política econômica decorrentes do programa. Portanto, as decisões em questão … excedem o mandato de política monetária do BCE”, afirmou o tribunal alemão de alta escala, nesta terça-feira (5), em comunicado.

Os juízes alemães também afirmaram que as medidas tomadas por um órgão europeu “não são cobertas nas competências europeias” e que, por isso, “elas não têm validade na Alemanha”.

O economista-chefe da zona do euro na Macroeconomia Pantheon, Claus Vistesen, afirmou que “essas são palavras de luta da corte alemã e terminam com um ultimato e uma ameaça ao BCE, sem mencionar os políticos alemães”. As informações são do site da “CNBC”.

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O tribunal alemão solicitou ao banco central da Alemanha, Bundesbank, que parasse de comprar títulos do governo no âmbito do programa de estímulo do Banco Central Europeu durante os próximos três meses.

A única forma de impedir isso é com o BCE provando que essas compras do alemão Bundesbank são necessárias, segundo a decisão do tribunal.

Juliano Passaro

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