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Para China, acordo da guerra comercial não afetará relação com Brasil

O cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Li Yang, declarou nesta sexta-feira (13), que o acordo da guerra comercial entre China e Estados Unidos, não afetará a relação bilateral sino-brasileira.

“Pessoalmente, eu não acho que a negociação entre a China e os Estados Unidos vai ter uma relação com o Brasil. Tenho toda a confiança no relacionamento entre Brasil e China em todas as áreas”, disse o cônsul-geral em relação à guerra comercial.

O acordo anunciado na última quinta-feira (12) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com a China prevê que Pequim compre grandes quantidades de produtos agropecuários norte-americanos. Para o cônsul, o pacto comercial entre as duas maiores economias do mundo não irá afetar a importação de soja e carne brasileiros pela China.

Ainda segundo Li Yang, no caso da indústria da carne, as exportações brasileiras para a China não são maiores por conta de questões relacionadas à logística e ao sistema de refrigeração da commoditie: “Podemos investir para melhorar a condição dos frigoríficos”.

Acordo da guerra comercial

A China confirmou na manhã desta sexta o acordo comercial com os Estados Unidos, após 19 meses de negociações na guerra comercial.

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Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio da China, afirmou em uma entrevista coletiva em Pequim que ambas as partes alcançaram “progressos significativos” na guerra comercial.

Segundo o representante chinês, o acordo resulta na remoção de algumas das tarifas sobre US$ 360 bilhões em produtos de origem chinesa por parte dos Estados Unidos. Segundo ele, as tarifas sairiam em fases e incluiriam isenções adicionais para algumas exportações.

Saiba mais: China e Estados Unidos confirmam acordo na guerra comercial

“Isso criará melhores condições para a China e os Estados Unidos fortalecerem a cooperação”, salientou Wang.

A Casa Branca não anunciou formalmente o acordo da guerra comercial, no entanto, o presidente norte-americano Donald Trump, escreveu em sua conta pessoal no Twitter que um grande acordo foi firmado com os chineses, os quais farão significativas mudanças e grandes compras de produtos agrícolas, de energia produtos manufaturados oriundos dos Estados Unidos.

Rafael Lara

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