S&P 500: Confira as 5 ações que mais valorizaram em junho

O S&P 500, índice composto pelas 500 empresas de maior peso nas bolsas de valores de Nova York, encerrou o dia 30 de junho em alta de 1,5%, para 3,100.29 pontos, aumentando os ganhos do melhor trimestre em 20 anos.

Para o mercado financeiro norte-americano, o pior da profunda queda registrada em março, no pico da crise, parece ter passado. O S&P 500 acumulou uma alta de quase 20% no segundo trimestre e 1,8% em junho. Enquanto, nos três meses, o Dow Jones (16.8%) também teve seu melhor em 20 anos, enquanto o índice Nasdaq (28.2%) anotou a melhor performance desde 1999.

Uma das maiores razões para o forte rali nos mercado estadunidense desde março foi a reabertura da economia em algumas regiões do país, bem como de outras nações ao redor do mundo. Nesse sentido, os benchmarks foram puxados pelo otimismo dos investidores com o retorno após meses de paralisação para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

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Outro fator foi a política monetária e a política fiscal do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed). O mercado se beneficiou da liquidez injetada pelos estímulos econômicos vindos do BC, assim como do governo federal. Vale ressaltar ainda os dados de emprego, que registraram em maio o maior ganho mensal do país desde pelo menos 1939.

Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do S&P 500 que mais se valorizaram em maio.

Gap Inc

Embora ainda longe de recuperar os US$ 18 (cerca de R$ 95,6), a The Gap, Inc. (NYSE: GPS) integra não somente o grupo de ações do S&P 500 que mais valorizaram em junho, mas em todo o segundo trimestre.

Os papéis da companhia de roupas e acessórios acumulou no mês passado uma alta 41,8%, cotados a US$ 12,62. Mais, no acumulado trimestral a empresa apresentou um aumento de 79.2% no preço de seus ativos.

A subida reflete exatamente o momento de reabertura do comércio nos Estados Unidos e de flexibilização das medidas de restrição. Nesse sentido, Gap conseguiu surfar na onda, apresentando projeções positivas para o segundo semestre com a reabertura de suas lojas, e firmou seu lugar no ranking de maiores alta do S&P 500.

Occidental Petroleum

As ações da Occidental Petroleum Corporation (NYSE: OXY) chegaram ao segundo segundo lugar na lista de maiores valorizações, após integrarem o ranking de queda no mês anterior.

A companhia do setor de óleo e gás apresentou fortes ganhos em junho, com um crescimento de 41,39% no mês, com suas ações cotadas a US$ 18,30 no encerramento do mercado na última terça-feira (30). Em maio, por sua vez, a empresa havia registrado uma forte queda, acumulando uma baixa de 15,03%.

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A Occidental Petroleum passou por turbulências na primeira metade do ano, com o choque nos preços de petróleo; a pandemia de covid-19 e os fracos resultados para o período.

Os papéis da companhia, no entanto, tiveram altas após a amenização da crise do coronavírus e o que parece ser uma resolução da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo chamado de Opep+, quanto aos números de produção.

Invesco

Outra companhia que recuperou parte do preço de seus ativos foi a Invesco Ltd. (NYSE: IVZ). A empresa americana de gerenciamento de investimentos encerrou a última terça-feira em alta, com a ação cotada a US$ 10,76.

O resultado ampliou os ganhos do mês de junho para uma valorização de 35,01% dos papéis.  Os números, entretanto, recuperam apenas parte das perdas sofridas durante o primeiro semestre. Desde o início do ano, as ações que estavam precificadas na casa dos US$ 18 acumulam uma queda de 39,99%.

Freeport-Mcmoran

A Freeport-McMoRan Inc. (FCX), por outro lado, constitui um dos exemplos de recuperação após o auge da crise em março deste ano. As ações, que estavam cotadas a US$ 13,20 no início do ano, fecharam junho no nível de US$ 11,57.

A companhia de mineração, dessa maneira, parece ter superado o vale registrado em março, quando os ativos chegaram a valer US$ 5,31, e registrou uma alta acumulada de 27,56% em junho.

Boeing

Não é segredo que a companhia norte-americana de produção aeroespacial, uma das maiores do mundo, começou 2020 com o pé esquerdo. A Boeing Company (NYSE: BA), que já apresentava problemas em 2019, sofreu um forte impacto com a crise do novo coronavírus.

A gigante do setor aeroespacial enfrentou problemas com o jato 737 Max,  efeitos das medidas de isolamento social e das restrições à circulação e inclusive o falha no acordo com o brasileira Embraer (EMBR3).

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As ações da Boeing, entretanto, registraram forte alta em junho após investidores restabelecerem parte da confiança no empresa. A alta também refletiu o momento de otimismo e confiança de que parte dos impactos negativos da primeira metade no ano já tenha passado.

Dessa forma, as ações da empresa se valorizaram 25,68% no mês de junho, chegando ao patamar de US$ 183,3 e integrando o quinto lugar na lista de maiores altas do S&P 500.

Arthur Guimarães

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