Cerca de 205 ‘Coletes-amarelos’ são detidos em Paris

Cerca de 205 ‘Coletes-amarelos’ foram detidos pela polícia neste sábado (1), em Paris. Manifestantes protestam contra aumento dos combustíveis e a perda do poder aquisitivo. 

Dacordo com o primeiro-ministro, Edouard Philippe, os protestos reuniram 36 mil pessoas em todo o país, neste sábado. Desses, cerca de 5,5 mil protestantes, denominados Coletes-amarelos, foram para Avenida Champs-Elysées, na capital francesa.

Após os protestos na Avenida, uma série de confrontos se espalharam pelos bairros próximos durante a tarde do sábado (1).

Galeria Lafayette e Printemps, lojas tradicionais de Paris, foram evacuadas por causa da violência.

Um grupo de manifestantes com capuz e máscaras tentou forçar um bloqueio das forças de seguranças, montado para fazer controles e identificações.

Latas de lixo foram derrubadas e queimadas. A resposta da tropa de choque veio com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água.

O Arco do Triunfo foi tomado pela fumaça. Além disso, 65 pessoas ficaram feridas, onde 11 eram das forças de segurança, de acordo com a Polícia. 

O caos se espalha por vários bairros da capital francesa. Incêndios ameaçam prédios no centro da cidade, e até um fuzil já foi roubado de uma viatura da polícia, segundo autoridades.

Saiba mais: Quem são e o que querem os coletes amarelos que protestam na França

‘Coletes-amarelos’

O movimento começou em 17 de novembro. O colete amarelo símbolo dos manifestantes é um item obrigatório para os veículos franceses. O ‘Coletes-amarelos” nasceu nas redes sociais e não possui vínculos políticos ou sindicais.

Os protestantes contam com apoio de dois a cada três franceses. Além disso, possuem uma petição com mais de um milhão de assinaturas, onde reivindicam a redução dos preços dos combustíveis.

O protesto reuniu cerca de 282 mil pessoas no primeiro dia. No segundo, foram cerca de 106 mil, onde 8 mil se reuniram em Paris.

O governo francês não consegue diálogo com representantes do movimento.

O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou quinta-feira (30), que queria responder aos protestos com decisões nas próximas semanas e meses. Mas, segundo o presidente, não haverá volta nas ações.

Macron está em Buenos Aires, Argentina, na cúpula do G20.

Entretanto, manifestações estão previstas para o porto de Marselha e mais territórios ultramarinos.

Ultrapassando as fronteiras

Os “Coletes-amarelos” ultrapassaram as fronteiras francesas. Manifestantes belgas protestaram em Bruxelas (capital da Bélgica), na última sexta-feira (30).

Renan Bandeira

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