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    Taxa Selic: entenda o impacto nos seus investimentos

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    Quem acompanha o mercado financeiro ou pretende começar a investir já ouviu falar sobre a Taxa Selic. A taxa básica da nossa economia, ela norteia as demais taxas no país, do crédito ao investimento até as aplicações de renda fixa. Além disso, ela é o termômetro da economia, ditando muitas vezes os rumos do crescimento do país.

    Como toda taxa, ela passa por ciclos. E para que você saiba aproveitá-los nos seus investimentos acompanhe o material preparado especialmente pela Suno.

    Qual a Taxa Selic hoje?

    Qual a Taxa Selic hoje?

    A taxa Selic hoje é 11,75%.

    O Copom, responsável por definir a taxa básica de juros da economia, decidiu por baixar a taxa Selic para 11,75% em 13/12/2023.

    Histórico da Taxa Selic

    Histórico da Taxa Selic

    Abaixo disponibilizamos o histórico da taxa Selic mensal dos últimos anos:

    DataPeríodo de vigênciaMeta Selic % a.a
    13/12/2313/12/23 –11,75%
    01/11/202302/11/2023 – 12/12/2312,25%
    20/09/202321/09/2023 – 06/11/202312,75%
    02/08/202303/08/2023 – 20/09/202313,25%
    21/06/202322/06/2023 – 02/08/202313,75%
    03/05/202304/05/2023 – 21/06/202313,75%
    22/03/202323/03/2023 – 03/05/202313,75%
    01/02/202302/02/2023 – 22/03/202313,75%
    07/12/202208/12/2022 – 01/02/202313,75%
    26/10/202227/10/2022 – 07/12/202213,75%
    21/09/202222/09/2022 – 26/10/202213,75%
    03/08/202204/08/2022 – 21/09/202213,75%
    15/06/202217/06/2022 – 03/08/202213,25%
    04/05/202205/05/2022 – 16/06/202212,75%
    16/03/202217/03/2022 – 04/05/202211,75%
    2/2/2203/02/2022 – 16/03/202210,75%
    8/12/2109/12/2021 – 02/02/20229,25%
    27/10/2128/10/2021 – 08/12/20217,75%
    22/9/2123/09/2021 – 27/10/20216,25%
    4/8/2105/08/2021 – 22/09/20215,25%
    16/6/2117/06/2021 – 04/08/20214,25%
    5/5/2106/05/2021 – 16/06/20213,50%
    17/3/2118/03/2021 – 05/05/20212,75%
    20/1/2121/01/2021 – 17/03/20212,00%
    09/12/2010/12/2020 – 20/01/20212,00%
    28/10/2029/10/2020 – 09/12/20202,00%
    16/09/2017/09/2020 – 28/10/20202,00%
    05/08/2006/08/2020 – 16/09/20202,00%
    17/06/2018/06/2019 – 05/08/20202,25%
    06/05/2007/05/2019 – 17/06/20203,00%
    18/03/2019/03/2019 – 06/05/20203,75%
    05/02/2006/02/2019 – 18/03/20204,25%
    11/12/1912/12/2019 – 05/02/20204,50%
    30/10/1931/10/2019 – 11/12/20195,00%
    18/09/1919/09/2019 – 30/10/20195,50%
    31/07/1901/08/2019 – 18/09/20196,00%
    20/06/1921/06/2019 – 31/07/20196,50%
    09/05/1910/05/2019 – 20/06/20196,50%
    20/03/1921/03/2019 – 09/05/20196,50%
    06/02/1907/02/2019 – 20/03/20196,50%
    12/12/1813/12/2018 – 06/02/20196,50%
    31/10/1801/11/2018 – 12/12/20186,50%
    19/09/1820/09/2018 – 31/10/20186,50%
    01/08/1802/08/2018 – 19/09/20186,50%
    20/06/1821/06/2018 – 01/08/20186,50%
    16/05/1817/05/2018 – 20/06/20186,50%
    21/03/1822/03/2018 – 16/05/20186,50%
    07/02/1808/02/2018 – 21/03/20186,75%
    06/12/1707/12/2017 – 07/02/20187,00%
    25/10/1726/10/2017 – 06/12/20177,50%
    06/09/1707/09/2017 – 25/10/20178,25%
    26/07/1727/07/2017 – 06/09/20179,25%
    31/05/1701/06/2017 – 26/07/201710,25%
    12/04/1713/04/2017 – 31/05/201711,25%
    22/02/1723/02/2017 – 12/04/201712,25%
    11/01/1712/01/2017 – 22/02/201713,00%
    30/11/1601/12/2016 – 11/01/201713,75%
    19/10/1620/10/2016 – 30/11/201614,00%
    31/08/1601/09/2016 – 19/10/201614,25%
    20/07/1621/07/2016 – 31/08/201614,25%
    08/06/1609/06/2016 – 20/07/201614,25%
    27/04/1628/04/2016 – 08/06/201614,25%
    02/03/1603/03/2016 – 27/04/201614,25%
    20/01/1621/01/2016 – 02/03/201614,25%
    25/11/1526/11/2015 – 20/01/201614,25%
    21/10/1522/10/2015 – 25/11/201514,25%
    02/09/1503/09/2015 – 21/10/201514,25%
    29/07/1530/07/2015 – 02/09/201514,25%
    03/06/1504/06/2015 – 29/07/201513,75%
    29/04/1530/04/2015 – 03/06/201513,25%
    04/03/1505/03/2015 – 29/04/201512,75%
    21/01/1522/01/2015 – 04/03/201512,25%
    03/12/1404/12/2014 – 21/01/201511,75%
    29/10/1430/10/2014 – 03/12/201411,25%
    03/09/1404/09/2014 – 29/10/201411,00%
    16/07/1417/07/2014 – 03/09/201411,00%
    28/05/1429/05/2014 – 16/07/201411,00%
    02/04/1403/04/2014 – 28/05/201411,00%
    26/02/1427/02/2014 – 02/04/201410,75%
    15/01/1416/01/2014 – 26/02/201410,50%
    27/11/1328/11/2013 – 15/01/201410,00%
    09/10/1310/10/2013 – 27/11/20139,50%
    28/08/1329/08/2013 – 09/10/20139,00%
    10/07/1311/07/2013 – 28/08/20138,50%
    29/05/1330/05/2013 – 10/07/20138,00%
    17/04/1318/04/2013 – 29/05/20137,50%
    06/03/1307/03/2013 – 17/04/20137,25%
    16/01/1317/01/2013 – 06/03/20137,25%
    28/11/1229/11/2012 – 16/01/20137,25%
    10/10/1211/10/2012 – 28/11/20127,25%
    29/08/1230/08/2012 – 10/10/20127,50%
    11/07/1212/07/2012 – 29/08/20128,00%
    30/05/1231/05/2012 – 11/07/20128,50%
    18/04/1219/04/2012 – 30/05/20129,00%
    07/03/1208/03/2012 – 18/04/20129,75%
    18/01/1219/01/2012 – 07/03/201210,50%
    30/11/1101/12/2011 – 18/01/201211,00%
    19/10/1120/10/2011 – 30/11/201111,50%
    31/08/1101/09/2011 – 19/10/201112,00%
    20/07/1121/07/2011 – 31/08/201112,50%
    08/06/1109/06/2011 – 20/07/201112,25%
    20/04/1121/04/2011 – 08/06/201112,00%
    02/03/1103/03/2011 – 20/04/201111,75%
    19/01/1120/01/2011 – 02/03/201111,25%
    Fonte: Bancco Central

    Mas, conforme entrega o gráfico acima, o comportamento da taxa nem sempre foi assim. Isso porque a taxa Selic reflete diretamente o cenário econômicos do país.

    Se você observar, no período entre 2015 e 2016 a Selic ficou acima de 14%. Ao mesmo tempo, esse período coincidiu com inflação acima de 10% e recessão econômica. Então, o recurso usado pelo governo na época era aumentar a Selic para tentar conter a inflação.

    Além disso, o ano de 2020 foi marcado pela Selic no menor patamar histórico, 2% a.a.

    Por outro lado, no início de 2022, com a alta da Selic, a taxa anual voltou a ter 2 dígitos, ficando em 10,75% a.a. A taxa Selic permaneceu em 13,75% de 04 de agosto de 2022 a 02 de agosto de 2023, quando passou por três cortes de 0,5 p.p em sequência: um no começo de agosto, outro no final de setembro e outro no começo de outubro de 2023.

    O que é Taxa Selic?

    O que é Taxa Selic?

    A taxa Selic é taxa que o governo paga quando pega dinheiro emprestado. Determinada pelo Copom, ela vira o mínimo que as aplicações podem oferecer, por ser a taxa sem risco de um investimento. Usada para controlar a inflação e a segurança bancária, ela é essencial para o controle econômico nacional.

    A Selic é ainda dividida em duas outras taxas, de acordo com sua finalidade: A taxa Selic Meta, sendo a meta deliberada em reuniões do Comitê de Política Monetária e serve para balizar os juros no país; e a taxa Selic Over, utilizada como juros nos empréstimos interbancários de curta duração.

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      Taxa Selic Meta

      A taxa Selic Meta é a que normalmente é citada em noticiários e tem maior importância no dia a dia dos brasileiros.

      Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária e corresponde ao valor que o governo paga quando pega dinheiro emprestado.

      Como os juros em geral estão diretamente ligados ao risco de não pagamento, convencionou-se que o risco do Estado ficar inadimplente é o menor possível. E, como pagador mais seguro, o governo tem a prerrogativa de determinar a própria taxa de juros a ser paga.

      Por ser a de menor risco, ela é considerada o ponto de partida para todas as demais taxas de juros da economia.

      Taxa Selic Over

      A taxa Selic over atua como um referencial no mercado interbancário do Brasil, facilitando operações de financiamento de curto prazo lastreadas em títulos públicos. Os bancos são obrigados a manter uma porcentagem específica (17%) de seus fundos sob custódia em uma conta especial com o Banco Central do Brasil (Bacen).

      No entanto, essa porcentagem flutua diariamente devido às atividades financeiras dos bancos. Para cumprir essa exigência, bancos com déficit emprestam daqueles com fundos excedentes em transações overnight.

      Essas transações são praticamente isentas de risco e são garantidas por títulos do Tesouro, estabelecendo assim o cenário para a taxa Selic over. Essa taxa é determinada diariamente com base na média dos juros pagos nessas transações interbancárias e geralmente é muito próxima às taxas de juros pagas em títulos públicos federais.

      A taxa é divulgada diariamente pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), uma unidade subordinada ao Bacen, fornecendo um mecanismo transparente para os participantes do mercado.

      Qual a importância da taxa Selic?

      A Taxa Selic é a principal forma e, a mais rápida, do governo impactar a economia, uma vez que ela impacta diretamente os mais diversos setores da economia.

      Dessa maneira, ela é um importante instrumento para controle da inflação, já que tem impacto direto sobre o consumo das famílias e, principalmente, a oferta de crédito na economia.

      Com uma taxa de juros elevada, a oferta de crédito não encontra demanda suficiente, já que os tomadores entendem que o custo está muito elevado e, assim, postergam investimentos em seus negócios.

      Além disso, como esses empréstimos e financiamentos ficam cada vez mais onerosos aos empresários, eles acabam por aumentar seus custos de produção, o que desagua nos preços finais.

      Com preços maiores, o consumidor pensa duas vezes antes de gastar, o que retrai a economia e, dessa maneira, controla os níveis de inflação.

      Assim, a taxa Selic é fundamental para que o governo, por meio do Banco Central, consiga controlar as distorções econômicas, tanto retraindo quanto expandindo o nível de consumo da população e a oferta e demanda por crédito.

      Portanto, dentre os instrumentos de política econômica e política monetária, principalmente, ela é a mais eficiente e rápida, surtindo efeitos imediatos na economia.

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      Como é definida a Taxa Selic?

      Como é definida a Taxa Selic?

      A Taxa Selic é definida através de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores. As reuniões do Copom para a definição da taxa Selic são realizadas 8 vezes ao ano ou a cada 45 dias, sempre em uma terça e uma quarta-feira.

      No primeiro dia de reuniões (terça), os membros do comitê analisam a conjuntura da economia com base em indicadores recentes. Para isso o Copom leva em consideração o desempenho de indicadores como:

      • Inflação;
      • Contas públicas;
      • Atividade econômica;
      • Cenário externo;
      • Operações de mercado aberto.

      Já no segundo dia,  baseado nas informações apresentadas no dia anterior, o diretor de política monetária apresenta as propostas, além de mencionar alternativas para a taxa de juro. Após isso acontece a votação das propostas para a taxa.

      Por fim, a decisão sobre a taxa Selic é divulgada oficialmente nos meios de comunicação ao mesmo tempo em que é divulgada no Sisbacen.

      O que é Ata do Copom?

      A ata do Copom é considerada por alguns mais importante do que a decisão em si. Por meio da Ata, divulgada normalmente na semana seguinte à reunião, os diretores justificam as decisões tomadas. Nela expressam as expectativas do Banco Central para o juro, a taxa de câmbio e a inflação.

      Além disso, por meio dela é possível entender o tom do Comitê: se mais brando ou duro com a inflação. Com isso as instituições financeiras conseguem precificar da melhor forma tanto as taxas de captação quanto as de empréstimos.

      Como o Banco Central garante a taxa Selic?

      O Banco Central controla a taxa por meio da oferta e procura de títulos públicos, comprando ou vendendo os mesmos para garantir uma adequação da taxa. Caso a taxa suba, os novos títulos são emitidos à essa taxa e os antigos passam a precisar se adequar.

      O mesmo ocorre com a queda, gerando flutuações nos preços de títulos pré e pós fixados.

      Quais fatores causam aumento ou redução da taxa Selic?

      As alterações na taxa Selic ocorrem, principalmente, por conta de dois gatilhos: inflação e nível de atividade. Para cada um há um tratamento específico da taxa.

      Em caso de alta da inflação acima da meta, a Selic é acionada para controlar os valores. Se mantendo acima, ela encarece a tomada de empréstimo e retira dinheiro de circulação. Isso leva a uma diminuição do consumo e aumento da oferta, baixando os preços.

      Já se o nível de atividade está muito baixo, a Selic cai para facilitar a tomada de empréstimo e tornar a aquecer a economia. Com uma Selic baixa empresas preferem se endividar para crescer com mais velocidade, e com isso empregam, contratam e compram mais.

      Como a Selic influencia os investimentos?

      Como a Selic influencia os investimentos?

      A Selic influencia os investimentos de duas formas: diretamente, quando a rentabilidade do título está atrelada a Selic, ou indiretamente, quando o título compete com os de renda fixa.

      Não precisa ir muito longe para comprovar esse comportamento do investidor. Em 2016 o Tesouro Direto chegou a render 14% ao ano, na época a procura por esse tipo de título era enorme. Algo similar aconteceu entre 2022 e 2023.

      Por outro lado, em 2019 como uma Selic de 5,5% o que se viu foi um número cada vez maior de investidores migrando para a renda variável. Então fique atento, pois mudanças na taxa Selic podem servir para que você revise seus investimentos.

        Títulos públicos

        Nem todo o título público é influenciado pela Selic. Isso acontece porque existe hoje no mercado três tipos de títulos que diferem quanto a forma como rendem. São eles:

        O título do Tesouro Selic está em linha com a taxa Selic, então ele vai se comportar de forma idêntica ao desempenho da Selic. Ou seja, se a Selic cai, a rentabilidade do título também cai e vice-versa.

        Já o Tesouro IPCA e Prefixado não sofrem influência direta da Selic, pois remuneram por outros caminhos, como o índice IPCA e taxa fixa de rentabilidade.

          Caderneta de poupança

          A taxa Selic também influencia diretamente as variações no rendimento da poupança de duas formas diferentes.

          No primeiro caso, se a taxa Selic estiver em um patamar maior que 8,5% ao ano, a poupança terá rendimento de 0,5% ao mês + a TR (taxa referencial).

          No segundo caso, se ela for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança terá um rendimento equivalente a 70% da taxa Selic vigente no período.

            Renda Fixa

            Servindo como base para os juros no país, a taxa Selic é uma das principais métricas utilizadas para a remuneração de investimentos em renda fixa como:

            • Certificado de Depósito Bancário;
            • Letra de Crédito Imobiliário;
            • Letra de Crédito do Agronegócio;
            • Debêntures.

            No caso dos títulos como LCI, a LCA e o CDB, a mudança na Selic ao longo do tempo pode influenciar o rendimento do investimento. Isso porque, se ela cai, a remuneração sobre o valor investido é menor. O mesmo acontece se ela sobe.

              Ações

              Diferente do que ocorre com os ativos de renda fixa, as ações e demais ativos de risco apresentam um efeito inverso às alterações da Selic.

              Quando a taxa básica da economia está baixa as empresas tendem a apresentar um crescimento maior, fazendo a valorização das ações ser significativa. Já quando os juros estão altos, as empresas tendem a diminuir seu crescimento enquanto investimentos de baixo risco apresentam grande retorno nominal.

                Linha de crédito

                Quando a Selic está alta os bancos a transformam em taxa mínima de empréstimos, demandando um spread (diferença entre o juros aplicado e o recebido) que encarece as linhas de crédito. Logo, uma Selic alta significa um empréstimo caro, enquanto uma Selic baixa se traduz em empréstimos baratos.

                  Nível de consumo

                  Similar ao funcionamento das ações, o nível de consumo flutua em ordem inversa à Selic. Uma alta da Selic tira dinheiro de circulação – e, consequentemente, o consumo diminui – enquanto uma baixa torna o crédito barato e a empregabilidade cresce, o que se traduz em mais consumo.

                  PLANILHA DE CONTROLE DE INVESTIMENTOS

                  Qual a relação entre a Selic e o CDI? Qual a relação entre a Selic e o CDI?

                  O Certificado de Depósito Interbancário-CDI é um recurso que os bancos utilizam para emprestar dinheiro uns para os outros. A taxa do CDI é calculada diariamente pela Cetip, mas em regra é muito parecida com a taxa Selic, geralmente ficando 0,2p.p abaixo da própria.

                  Como investir na Selic? Como investir na Selic?

                  Investir diretamente na taxa Selic é possível via títulos públicos federais, através do tesouro Selic, que paga exatamente a remuneração da taxa básica de juros da economia.
                  Entretanto, existem outras formas de se expor a taxa Selic: os Certificados de Depósitos Bancários, as LCAs, LCIs, a LIG, as CRIs e CRAs, entre outros ativos da sopa de letrinhas da renda fixa.

                  Como a Selic influencia a economia?

                  Como a Selic influencia a economia?

                  Mas a taxa Selic não influencia somente os investimentos. Ela vai além e qualquer alteração na Selic pode afetar a economia como um todo, de forma encadeada. Isso porque ela representa também um instrumento de política monetária.

                  Então é sempre importante compreender algumas das múltiplas finalidades que a taxa Selic tem sobre a economia brasileira, bem como sua direta influência sobre a criação de empregos, consumo e poupança da população em geral.

                  Por exemplo, ao reduzir a Selic o juro dos empréstimos acabam reduzindo também, isso estimula o consumo mas pode provocar um aumento da inflação.

                  Por isso, é tão importante a análise da situação econômica que o Copom faz antes de decidir realizar alterações na taxa básica de juros.

                  Além disso, uma Selic alta pode desestimular o crescimento econômico. Para ficar mais fácil entender imagine a seguinte situação:

                  Pedro é um investidor e tem R$1.000.000 separado para pensar em seu futuro. Imagine que ele pode escolher entre investir em uma empresa ou em comprar títulos do Tesouro.

                  Se esses títulos estiverem pagando juros de cerca de 15% ao ano, Pedro se sentiria desestimulado a investir em qualquer companhia por dois motivos principais:

                  Primeiro porque pouquíssimas empresas conseguiriam dar um rendimento de anual 15%.

                  Segundo, porque existe o risco atrelado a todo investimento, que é menor em títulos públicos. Pedro poderia ganhar mais do que os 15%, mas também poderia ganhar menos – o que já seria um cenário ruim – ou ainda pior, perder parte e até tudo o que investiu.

                  Então Pedro escolheria investir no governo em vez direcionar seus recursos para a empresa, o efeito disso, em uma escala maior, seria a desaceleração do crescimento econômico.

                    Taxa Selic e a inflação

                    A Selic é o principal instrumento usado pelo Bacen para controlar a inflação. Foi isso que vimos, por exemplo, durante a crise que iniciou em 2013. A inflação, que estava em 6,5% em meados de 2013 atingiu 10% em 2015.

                    Ao mesmo tempo, a Selic, que estava em 7,25%, logo começou a subir, até atingir 14,25 em setembro de 2015.

                    Em outras palavras, quando a Selic reduz, o consumo da população acaba aumentando, já que o juros ficou mais barato. Como consequência, as pessoas se sentem estimuladas a comprarem mais.

                    Então, comprando mais, a demanda por produtos pode superar  o que o mercado tem para ofertar. Para equilibrar esse descompasso entre oferta e demanda é necessário aumentar o preço dos produtos e isso acaba levando ao aumento da inflação.

                    Mas onde a Selic entra nessa história? Para conter a inflação, é necessário desestimular o consumo, então o Copom aumenta a Selic. Com essa medida as pessoas se sentem mais estimuladas a investir do que a gastar. Então ao diminuir a demanda por produtos a inflação acaba reduzindo também.

                    Na verdade, essa dinâmica entre Selic e inflação foi apresentada de forma simplificada. Na prática, esse sistema é muito mais complexo e envolve outras variáveis.

                    Mas a grosso modo, o que você precisa entender é que Selic alta controla a inflação e Selic baixa, se não for bem administrada provoca inflação.

                    Taxa Selic e os juros

                    Quem faz um empréstimo em dinheiro, realiza uma compra a crédito ou paga uma conta parcelada ou atrasada, geralmente tem que pagar juros.

                    Esses juros são calculados usando como referência a taxa Selic. Na verdade a taxa Selic influencia todas as taxas de juros do país, desde de juros dos empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

                    Então, podemos concluir que os juros seguem alinhados com a taxa Selic.

                    Sendo assim, se a Selic sobe, o custo de captação dos bancos aumenta e o acesso ao crédito fica mais difícil já que a taxa de juros do emprétimo está mais cara.

                    Como consequência, o consumo diminui e a roda da economia desacelera.

                    Taxa Selic e o emprego

                    Por fim, o nível de emprego segue caminho contrário à Selic. Nesse sentido, quando a Selic diminui a tendência é aumentar o nível de emprego.

                    Isso acontece porque, como vimos, uma redução na Selic estimula o consumo.

                    Como efeito, as empresas produzem mais e isso só é possível se elas contratarem mais. Ou seja, a redução da Selic provoca uma reação em cadeia na economia de um país.

                    Por outro lado se a Selic subir o consumo é desestimulado então as empresas contratarão menos e precisarão de menos mão de obra para produzir.

                    Entre todos os resultados que isso pode apresentar fica nítido que o desemprego tende a aumentar neste caso.

                    Como ganhar mais do que a Selic?

                    Como ganhar mais do que a Selic?

                    Acompanhar com frequência o patamar da Selic é algo fundamental e básico para quem é investidor. Justamente porque ela pode indicar qual é o melhor investimento naquele momento.

                    O investidor tem basicamente dois caminhos a seguir quando o objetivo é ganhar da Selic: Ele pode escolher a opção mais segura que é optar por aplicações que paguem acima de 100% do CDI. Entretanto você precisa ter em mente que ainda assim os rendimentos serão baixos.

                    O outro caminho é migrar aos poucos para a renda variável.Por exemplo, em um cenário de Selic em baixa, a tendência é que os investimentos em renda variável valham mais a pena do que em renda fixa.

                    Isso porque o acesso a crédito tende a ser facilitado, além de ficar mais barato. Dessa forma, as empresas podem alavancar seu crescimento.

                    Além disso, a Selic baixa também representa um cenário de mais estabilidade econômica no país, o que é bom para as empresas, que podem planejar bem seu futuro.

                    Por consequência, esse cenário também é bom para o mercado de capitais, já que as empresas tendem a produzir mais e ganhar valor de mercado.

                    Isso cria um ciclo virtuoso, já que um mercado competitivo e eficiente é o motor para que o país se mantenha estável economicamente.

                    Ficou alguma dúvida sobre como funciona a taxa Selic? Deixe nos comentários abaixo.

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                    Perguntas Frequentes sobre a Selic
                    Qual é a taxa Selic hoje?

                    A taxa Selic hoje, em setembro de 2023, está fixada em 12,25%.

                    O que é taxa Selic e para que serve?

                    A Selic é a taxa básica de referência usada pela economia na totalidade. Então ela pode ser usada com diversos objetivos diversos. Por exemplo, para indicar a rentabilidade de um investimento, como servir de instrumento de política monetária no controle da inflação e ainda como referência para definir taxa de juros de financiamentos.

                    Qual o mínimo para investir no Tesouro Selic?

                    Você não precisa comprar um título inteiro, ou seja, é possível adquirir frações a partir de 1% do título. Em setembro de 2023 o investimento mínimo para adquirir o Tesouro Selic é R$ 30,00.

                    Bibliografia

                    https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sistemaselic

                    https://www.tesourodireto.com.br/

                    Tiago Reis
                    Henrique Imperial
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