Resumo da Semana: Novo corte na taxa Selic e desaceleração na prévia da inflação

O índice Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (23) marcando 84.377 pontos, o que se traduz numa queda de 0,46% no dia. Com isso, contudo, a variação do índice em 2018 segue positiva, sendo de 10,44% a valorização no acumulado do ano até agora.

Em paralelo, o IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) fechou o dia de ontem marcando 2.339 pontos. Esse número representa um aumento percentual de +0,22% na variação do dia. No acumulado do ano até agora, o índice teve uma valorização de +5,04%. Continuamos com nossa convicção de que Fundos Imobiliários são uma excelente alternativa de aplicação em renda variável, e os números traduzem bem essa opinião.

Em relação aos destaques da semana, o principal fator relevante se fez por conta da redução – já esperada pelo mercado – da taxa básica de juros da economia (a Selic), que passou de 6,75% para 6,5% ao ano, feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na última quarta-feira (21).

Foi o 12º corte consecutivo na Selic. A taxa de 6,5% ao ano é a menor desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999, e de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.

Em comunicado, o Copom sinalizou que pode fazer uma nova redução moderada da taxa básica de juros na próxima reunião, em 16 de maio. O novo corte viria para garantir que seja alcançada, ao final do ano, a meta de inflação de 4,5%.

Esse cenário tende a reduzir o retorno de diversos investimentos de renda fixa, como por exemplo os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) com taxas pós-fixadas, os fundos DI e o Tesouro Selic (título público negociado pelo Tesouro Direto que paga ao investidor a variação da taxa básica).

É possível, com isso, que uma migração de investidores desta categoria de ativos – que historicamente, no Brasil, apresentou uma rentabilidade bastante atrativa ao longo dos anos – seja observada em direção à renda variável, em especial para as ações e aos fundos imobiliários.

Caso a tendência se confirme, é natural esperar que a liquidez e a volatilidade dos ativos negociados em bolsa possam vir a aumentar, podendo surgir, com isso, interessantes oportunidades de investimentos para os investidores focados no Value Investig.

Outra notícia relevante em relação ao cenário econômico se fez através do anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia de ontem (23), de que a prévia da inflação oficial do Brasil desacelerou com força em março e atingiu o nível mais baixo para o mês em 18 anos com queda nos preços dos alimentos, mantendo o caminho aberto para mais cortes de juros pelo Banco Central. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,10% em março, contra avanço de 0,38% em fevereiro.

Esta é a leitura mais fraca para março desde o avanço de 0,09% em 2000 e ficou um pouco abaixo da expectativa do mercado de uma alta de 0,12%. Após esse resultado, o IPCA-15 passou a acumular em 12 meses avanço de 2,80%, sobre 2,86% no mês anterior, permanecendo firmemente abaixo do piso da meta de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Ademais, as companhias abertas seguiram, na semana que se encerrou ontem, divulgando seus resultados operacionais relativos ao quarto trimestre de 2018, através dos quais foi possível perceber uma performance interessante da maioria das empresas, o que demonstra que a economia, de fato, parece estar confirmando o seu reaquecimento iniciado em meados do primeiro semestre de 2017.

Seguiremos acompanhando os resultados das empresas que ainda não lançaram os seus números, que voltarão a ser divulgados a partir da próxima segunda-feira, com a finalização de tais resultados se encerrando na próxima sexta-feira (30).

Seguiremos atentos às melhores oportunidades de investimentos, sempre em busca de indicar bons ativos a preços descontados a nossos assinantes.


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