Resumo da Semana: Estagnação do setor industrial e redução do saldo da balança comercial

O Ibovespa encerrou o pregão de ontem (04) registrando 83.118 pontos, o que representou, no dia, uma baixa de -0,20%. Na semana, a sua variação foi também negativa, porém de expressivos -3,85%. No acumulado de 2018, contudo, o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo segue com uma valorização representativa de 8,79%.

Paralelamente, o IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) encerrou a semana com uma valorização pouco impactante de 0,07%. Já em 2018, até então, o índice segue em sua tendência positiva, acumulando, até então, 4,53%.

Um dos destaques da semana se fez através do anúncio feito, na quarta-feira (02) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de que o crescimento das importações, decorrente da recuperação da economia, reduziu o saldo da balança comercial pelo segundo mês seguido. Isso se fez pois o país exportou US$ 6,142 bilhões a mais do que importou no mês passado, queda de 11,8% em relação ao resultado positivo de US$ 6,963 bilhões em abril de 2017.

Com o resultado de abril, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – acumula superávit de US$ 20,090 bilhões nos quatro primeiros meses de 2018, valor 6% inferior ao do mesmo período do ano passado. Apesar da retração, o indicador acumula o segundo melhor resultado da história, tanto para meses de abril quanto para o primeiro quadrimestre.

Outra notícia também relevante na semana foi feita na quinta-feira (03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelou que a indústria do Brasil encerrou o primeiro trimestre estagnada depois de queda inesperada na produção em março, pressionada pelo setor de bens intermediários, sinalizando, com isso, que a economia vem mostrando desempenho aquém do esperado.

Com isso, o setor terminou o primeiro trimestre praticamente inerte em comparação com os três meses anteriores, mostrando forte desaquecimento depois de ter crescido 1,7 por cento no quarto trimestre de 2017 sobre o período anterior. Na comparação com março do ano passado, houve avanço de 1,3 por cento na produção industrial, também abaixo da expectativa de 3,30 por cento.

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Ainda segundo o IBGE, o desempenho de março foi influenciado majoritariamente por bens intermediários, que respondem por 60 por cento da indústria e estão ligados à fabricação de matérias-primas. A fabricação desses produtos, como celulose e químicos, caiu 0,7 por cento, terceiro mês seguido de perdas. Esse resultado foi suficiente para ofuscar os ganhos de 2,1 por cento entre Bens de Capital e de 0,2 por cento dos Bens de Consumo.

Por fim, a semana foi marcada, também, pela continuação da divulgação dos resultados operacionais das companhias abertas referentes ao primeiro trimestre de 2018. De acordo com o que pôde ser visto, até então, as empresas, em um contexto geral, seguem demonstrando – mesmo que ainda discretamente, em alguns setores – que a retomada econômica apresenta condições de obter tração nos próximos quartos.

Obviamente que fatores pontuais – como o resultado das próximas eleições, por exemplo – podem influenciar de maneira direta tais fundamentos, porém o que se observa pelos números, até então, é que, de fato, o reaquecimento econômico se mostra já pulsante no mercado.

Ademais, seguiremos atentos à continuação da agenda de resultados operacionais das companhias abertas, sempre zelosos em buscar circunstâncias convincentes para nossos assinantes e que satisfaçam parâmetros condicionantes para uma abordagem satisfatória de investimentos focados no longo prazo e com características de Value Investing.

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