Resumo da Semana: Balança comercial, PIB brasileiro e taxa de desemprego

O Ibovespa encerrou a última semana registrando 94.604 pontos, o que representou, na sexta-feira (01), uma queda de -1,03%. Na semana, a variação do índice foi também negativa, de expressivos -3,35%. No acumulado de 2019, contudo, o Ibovespa segue em alta de relevantes +7,64%.

Já o Ifix – índice que referência os Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a sexta-feira aos 2.444 pontos, uma alta de +0,40% no dia. Na semana e no acumulado do ano o índice também se mostra positivo em +1,26% e + 3,94%, respectivamente.

No que tange os acontecimentos da semana, há de se destacar que na última quinta-feira (28), em uma reunião com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que alguns pontos da Reforma da Previdência podem ser negociados. Um dos primeiros pontos citados foi o da idade mínima para aposentadoria de mulheres que passaria de 62 para 60 anos. Essa foi a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro falou em reduzir a idade mínima da reforma da Previdência, que já tramita no Congresso Nacional. Além disso, o presidente ainda afirmou que poderão ser realizadas concessões no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Dessa forma, o benefício que é pago à idosos, deficientes de baixa renda e no percentual de pensão por morte, passaria de 60% para 70%.

Já na sexta-feira (1), o Ministério da Economia divulgou os dados da balança comercial, que registrou um superávit de US$ 3,673 bilhões em fevereiro deste ano. O superávit da balança comercial acontece quando o número de exportações supera as importações. Em contrapartida, quando o número de importações é superior ao de exportações, a balança registra um déficit. De acordo com o governo federal, as exportações registraram US$ 16,923 bilhões em fevereiro, enquanto as importações ficaram em US$ 12,620 bilhões. Com o saldo positivo de fevereiro, a balança aponta uma alta de 22,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2018 o superávit foi de US$ 2,999 bilhões.

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Não poderia deixar de ser mencionado, também, a informação disponibilizada ainda na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil cresceu 1,1% em 2018. Esse foi o segundo ano de crescimento consecutivo do PIB do Brasil, após os anos de recessão 2015-2016. No entanto, tal resultado foi inferior as previsões dos analistas. O crescimento da economia brasileira em 2018 foi atingido pelas incertezas políticas e eleitorais, pela piora do cenário internacional e pelos efeitos da greve dos caminhoneiros. Esse último evento, ocorrido no final de maio, desorganizou muitos setores da economia do País. Por isso, o crescimento do PIB em 2018 foi igual a aquele registrado em 2017. Um avanço lento que mostra como o Brasil ainda não recuperou o ritmo de crescimento do período anterior a recessão econômica.

Vale adicionar que o resultado do PIB de 2018 afetou também as previsões de crescimento para a economia em 2019 e, nesse sentido, muitos bancos já começaram a rever suas projeções para esse ano. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostra como os analistas do mercado financeiro aguardam um crescimento de 2,48% esse ano. O Itaú, por sua vez, já cortou a previsão de crescimento do PIB de 2,5% para 2%. O Banco Safra cortou as previsões de 2,7% para 2,3%.

Interessante destacar também que, na véspera (27) o mesmo IBGE informou que, influenciada pela sazonalidade de início do ano, a taxa de desocupação do país voltou a crescer depois de duas quedas consecutivas e fechou o trimestre móvel encerrado em janeiro em 12%, resultado 0,3 ponto percentual superior aos 11,7% relativos ao trimestre encerrado em outubro do ano passado. Com a alta, a população desocupada passou a 12,7 milhões – crescimento de 2,6% (mais 318 mil pessoas) frente ao trimestre agosto a outubro de 2018. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Em relação ao trimestre móvel de novembro de 2017 a janeiro de 2018 (12,2%), o quadro foi de estabilidade. A subutilização da força de trabalho ficou em 24,3% no período, somando 27,5 milhões de pessoas.

Por fim, a semana foi marcada, também, pela continuação das divulgações dos resultados operacionais das companhias abertas negociadas na bolsa de valores. Seguiremos acompanhado atentamente tais divulgações – principalmente das empresas presentes em nossas carteiras de recomendações – de modo a repassar de imediato a nossos assinantes qualquer surpresa que venha a acontecer mediante tais acontecimentos.

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