Resumo da Semana: Arezzo comunica aquisição da Reserva, BDRs são liberados para investidor comum, Track & Field movimenta R$ 522 milhões em IPO e Laureate decide vender suas operações à Anima; Ser entra na Justiça.

O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 101.259,75 pontos, o que representou, na última sexta-feira (23), uma variação negativa de 0,65%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de aproximadamente 3%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de -12,43% até o momento.

Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (23) aos 2.820,44 pontos, o que representou uma queda de -0,23% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou aproximadamente: +0,16% e -11,79%, respectivamente.

Arezzo comunica aquisição da Reserva

A Arezzo anunciou a compra da empresa de moda Reserva. A transação é avaliada em R$ 715 milhões, sendo R$ 175 milhões pagos à vista no fechamento do acordo, R$ 50 milhões após um ano da conclusão da transação e o restante em ações de sua emissão.

  • Com a transação, a Arezzo além de vender calçados e bolsas passará a comercializar itens de moda masculina, feminina e infantil;
  • A Arezzo é detentora das marcas Arezzo, Schutz, Birman, Anacapri, Fiever, Alme e é distribuidora da Vans no Brasil;
  • De acordo com a companhia, a transação possibilitará uma ampliação de 3,5 vezes o mercado da empresa;
  • Considerando o acordo, a Arezzo passa a ser detentora direta da totalidade das ações de emissão da VamoqueVamo Empreendimentos e Participações (VQV), controladora da Reserva, e os acionistas da Reserva passarão a deter 8,7% do capital social da Arezzo;
  • Por fim, a operação está condicionada à verificação de determinadas condições suspensivas, incluindo a aprovação definitiva do Conselho de Administração de Defesa Econômica (CADE).

BDRs são liberados para investidor comum

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipt) foram liberados para negociação ao investidor comum. Os ativos são recomendados para investidores que desejam investir em companhias de fora do Brasil.

  • A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou, recentemente, as últimas mudanças no Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) com intuito de viabilizar a negociação de BDRs pelo investidor pessoa física;
  • Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados no Brasil, no pregão da bolsa brasileira;
  • Ou seja, quem adquire um BDR não compra diretamente as ações da empresa no exterior. Em vez disso, investe em títulos que representam esses papéis. Essas ações existem de fato no exterior, e precisam ficar depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante – isto é, que faz a guarda delas;
  • Os BDRs são negociados como qualquer outro ativo da bolsa de valores, em reais, como ações ou cotas de Fundos Imobiliários.

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Track & Field movimenta R$ 522 milhões em IPO

A Track & Field movimentou R$ 522 milhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO). A companhia concordou em dar um desconto de 13% em relação ao valor mínimo previsto para a operação inicialmente.

  • Anteriormente, a faixa estimada do IPO era de R$ 10,65 (base) a R$ 14,95 (teto), de acordo com o Prospecto Inicial divulgado. O preço ficou em R$ 9,25 e a operação movimentou cerca de R$ 522 milhões, valor que incluiu a colocação de lotes extra e suplementar.
  • Do valor total movimentado na operação, R$ 340,6 milhões correspondem a ações detidas por sócios (oferta secundária) e o outros R$ 182,4 milhões (oferta primária) são referentes a novas ações emitidas.
  • A Track & Field tem 234 lojas, sendo 197 franquias e 37 próprias, além da venda on-line de artigos esportivos e de praia.

Laureate decide vender suas operações à Anima; Ser entra na Justiça

A Laureate comunicou que pretende encerrar o acordo de venda de suas operações no Brasil para a Ser Educacional e fechar a venda para a Ânima Educação. Insatisfeita, a Ser ingressou na justiça para contestar o acordo de ambas.

  • A Laureate informou que “pretende rescindir seu contrato de transação com a Ser Educacional o mais rápido possível e entrar em um contrato vinculativo definitivo com a Ânima”;
  • Por outro lado, a Ser Educacional comunicou que houve divergências entre as partes no acordo de aquisição das operações da Laureate. Dessa forma, a Ser informou que obteve uma liminar parcial e temporária para bloquear o fim do acordo entre as empresas, da qual a Laureate pretende recorrer;
  • A proposta da Ser havia sido avaliada em R$ 3,8 bilhões, mas apenas parte do valor era em dinheiro. Aproximadamente metade do preço incluía uma troca de ações que manteria a Laureate na base acionária da nova companhia, embora com poder de voto restrito. Outra parte era relacionada às dívidas do ativo que seriam assumidas pela Ser;
  • A venda da operação brasileira é parte de uma série de desinvestimentos da Laureate em todo o mundo, o que inclui as vendas de operações na Ásia e em outros países da América Latina.

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