O que é renda variável? Veja SETE dicas de como investir

Ao pensar em começar a investir, diversas pessoas iniciam um estudo preliminar e logo descobrem essa vertente das aplicações financeiras, conhecida como renda variável. Essa categoria de investimentos costuma ser a melhor opção para o longo prazo.

Ao se aprofundarem nos estudos sobre investimentos em renda variável, muitos percebem que existem vários casos, tanto de sucesso quanto de fracasso, que normalmente transmitem diversas sensações. Por isso, antes de adentrar nesse mercado, é importante e necessário que se esclareçam as principais peculiaridades deste segmento financeiro historicamente muito pouco explorado no Brasil.

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O que é a renda variável?

Renda variável é aquele tipo de aplicação financeira cuja rentabilidade é desconhecida antes da aplicação. Dessa forma, o investidor poderá ter prejuízo ou lucro.

Em outras palavras, investimentos dessa categoria possuem uma incerteza intrínseca relacionada aos ganhos de capitais e rendimentos provenientes da aplicação.

O investidor não sabe de antemão quanto irá ganhar de juros ou mesmo a fórmula como esses juros são calculados. Dessa forma, o investidor não possui qualquer garantia quanto á rentabilidade dos seus investimentos.

Logo, pode-se dizer que conceito de renda variável é intimamente relacionado a um fator chamado volatilidade. Essa característica, originada da capacidade de um investimento variar (tanto para cima quanto para baixo), ocorre porque os investimentos dependem de alguns fatores como o cenário econômico do momento e do mercado e também o setor de atuação da empresa.

Esses fatores podem mudar no decorrer do tempo. Assim, o que hoje é lucrativo, amanhã pode não ser mais.

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Diferença entre renda variável e renda fixa

A grande dúvida de um investidor iniciante é se deve aplicar o dinheiro em renda variável ou renda fixa. Por isso, é importante saber a diferença entre as duas.

Diferentemente da renda variável, a renda fixa é aquela em que a fórmula da remuneração já é conhecida no momento da aplicação do dinheiro.  Nela, exceto pelo risco de crédito, o investidor já sabe qual rentabilidade da sua aplicação.

Os títulos dessa categoria podem ser pré ou pós fixados.

Veja a seguir quais são os principais exemplos desse tipo de investimento:

  • CDB ou Certificados de Depósito Bancário são títulos cujo valor é atrelado às dívidas de instituições bancárias. Bancos menores pagam taxas melhores para o investidor. Os valores são garantidos pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.
  • Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio (LCI e LCA) são emitidas por financeiras. Possuem baixa liquidez e o investimento é isento de IR.
  • CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio, respectivamente). São títulos emitidos por companhias securitizadoras e não são garantidos pelo FGC.
  • Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros no mercado, pois é garantido pelo Tesouro Nacional. Trata-se da compra de título do governo federal, que podem ser pré ou pós-fixados.

De uma maneira geral, o risco na renda fixa é muito menor do que o da renda variável. E se o risco é menor, o potencial de retorno segue o mesmo caminho.

Apesar de entendermos que não existem garantias em nada relacionado a investimentos, nem mesmo na renda fixa, é importante que esse conceito fique bem claro para o investidor que pretende buscar rentabilidade nos seus recursos de maneira segura e sustentável.

Exemplos de renda variável

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Para começar a investir em renda variável, o primeiro passo é procurar uma corretora de valores ou um banco. A partir daí, você vai abrir um conta e pode começar a operar.

A aplicação pode ser direta, em que você toma as decisões, ou então via fundos de investimento. Nesse caso, é o gestor desse fundo que identificar e buscar as melhores opções.

No caso da aplicação direta, existem basicamente três classes de ativos a disposição do investidor interessado em aplicar na renda variável: ações, fundos imobiliários e derivativos.

Ações na bolsa de valores

O investimento em ações é o maior expoente das aplicações consideradas de renda variável. Ao comprar ações, você está se tornando parceiro, ou sócio, de uma companhias de capital aberto.

De fato, ao falar de ações, o investidor espera receber dividendos e ver o seu patrimônio valorizar. Entretanto, tanto um componente quanto o outro são incertos.

Os dividendos dependem dos lucros futuros da empresa assim como da política de distribuição. Por outro lado, a valorização da ação no longo prazo irá depender da evolução da geração de caixa das empresas.

No curto prazo, qualquer coisa pode acontecer. A ação pode subir, cair ou ficar de lado. E por esse motivo, muitas pessoas se aventuram em atividades especulativas como o day trade. A estratégia de day trade dura apenas um dia. Essa operação de especulação é perigosa e pouco recomendada.

Para adquirir ações, é necessário abrir conta em uma corretora de valores. A partir daí, o investidor terá acesso a uma plataforma de negociação de ativos chamada de Home Broker.

Além disso, assim que a conta do investidor é aberta na corretora, a bolsa brasileira B3 envia por e-mail uma senha de acesso ao Canal Eletrônico do Investidor (CEI). No CEI é possível visualizar todos os rendimentos que serão recebidos no próximo mês, assim como a atual alocação da carteira e outros extratos relevantes.

É fundamental que qualquer ativo que seja comprado via corretora esteja registrado no nome do investidor. Dessa forma, ele poderá verificar no CEI que, de fato, aquele ativo lhe pertence.

Fundos Imobiliários

Outra classe de ativos que pode ser considerada de renda variável são os fundos de investimento imobiliários (FIIs).

Os FIIs adquirem participação em diversos negócios imobiliários com a finalidade de renda ou ganho de capital.

Os fundos de “tijolo”, por exemplo, investem em imóveis reais, usufruindo da renda gerada por aluguéis ou então, da venda das unidades adquiridas. Já os fundos de “papéis” investem em títulos de renda fixa, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), LCI e LCA.

Quanto aos fundos de papéis, algumas pessoas podem interpretar que se trata de um ativo essencialmente de renda fixa. E isso é verdade quando se pensa na renda gerada pelos ativos do fundo.

Contudo, como as cotas do fundo são negociadas em bolsa, o valor do investimento varia de acordo com a demanda e oferta de mercado. De fato, o investimento em imóveis, tão comum aqui no Brasil, é uma aplicação cuja renda varia ao longo do tempo.

O valor de mercado dessas propriedades oscila ao longo do tempo, assim como a renda de aluguéis. Os inquilinos podem ficar inadimplentes, ou terem direito a um período de carência, ou pedirem revisionais negativas nos aluguéis, ou então, não renovarem os contratos de aluguel.

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Derivativos

As opções, contratos futuros e outros tipos de derivativos também se enquadram na categoria de renda variável. Entretanto, em um primeiro momento, é interessante que os investidores iniciantes procurem se distanciar, e evitar até mesmo o estudo deste tipo de aplicação.

É claro que, quando feito de maneira consciente e responsável, como no caso de investidores que usam essas ferramentas como instrumentos de hegde (proteção e seguros), por exemplo, pode ser até uma alternativa que faça sentido.

Entretanto, para os investidores iniciantes, é preferível que se evite estes tipos de investimentos. O fogo é útil e perigoso ao mesmo tempo. Para quem sabe manuseá-lo, certamente o fará de maneira bastante útil.

Para quem não o conhece o suficiente, existe uma enorme e real possibilidade de se queimar gravemente.

O que é renda variável

Vantagens e desvantagens da renda variável

Talvez uma das maiores vantagens da renda variável seja o retorno superior no longo prazo. Existem diversos estudos que comprovam que boas ações e fundos imobiliários tendem a superar o retorno da renda fixa em um horizonte longo de investimentos, como décadas.

Além disso, os investimentos em ações e fundos imobiliários tem a capacidade de gerar uma renda passiva generosa. O recebimento de proventos é uma característica que chama a atenção. Eles podem ocorrer por meio de:

Dentre as desvantagens desse tipo de investimento é importante destacar a volatilidade dos resultados no curto prazo. Por esse motivo, o investimento tanto em ações quanto em fundos imobiliários não é substituto para reservas financeiras na renda fixa, como em fundos DI, por exemplo.

Além disso, é claro que comprar ações ou fundos imobiliários carrega por si só um risco maior do que na renda fixa, mesmo que no longo prazo. Dessa forma, como mencionado antes, é preciso saber escolher os ativos, diversificar a carteira, fazer um acompanhamento regular das posições e ter bastante paciência.

O que ocorre é que quem está acostumado á renda fixa, provavelmente não irá se adaptar de forma imediata à volatilidade dos ativos negociados em bolsa. Geralmente, o investidor iniciante costuma ficar acompanhando as cotações na tela do Home Broker, assim que compra sua primeira ação ou cota de fundo imobiliário.

Dessa forma, é necessário que vá se acostumando aos poucos com o sobe e desce das cotações no curto prazo. E devido à baixa volatilidade, pagamento mensal de rendimentos, e familiaridade com imóveis, os FIIs são uma alternativa bastante interessante para quem está começando.

Uma analogia muito interessante sobre as classes de investimento é a seguinte:

  1. Renda fixa é ficar na areia da praia;
  2. Fundos Imobiliários é nadar no raso;
  3. Ações é nadar em alto mar.

Entretanto, não é necessário escolher um tipo ou outro. O mais recomendado é ter as duas variações dentro da sua carteira de investimentos. Investidores experientes mantêm ao menos uma reserva de emergência em renda fixa.

7 dicas de como investir em renda variável

A renda variável pode ser uma ótima forma de investimento para quem pretende diversificar aplicações financeiras. O primeiro passo é identificar corretamente qual é o seu perfil de investimento. Na sequência, veja sete dicas para você fazer as melhores escolhas.

1. Fuja de promessas de ganho fácil

Renda variável

Sabemos que existem diversas promessas que ganhos extraordinários em um pequeno espaço de tempo. Na internet, existem milhares dessas “propostas imperdíveis”.

Entretanto, é preciso que o investidor entenda o quanto antes, de preferência antes de mesmo de aplicar seus recursos, que a única maneira de se obter ganhos rápidos no mercado, é vendendo a ilusão de como se obter ganhos rápidos no mercado.

O mercado é realmente um ambiente hostil, e que certamente cobrará o seu preço por decisões baseadas em especulações e de bases mal fundamentadas.

Então, não caia em pegadinhas ou propagandas enganosas com histórias irreais de sucesso. Muitas vezes, a promessa de um ganho extraordinário em curto prazo pode ser sedutora. Mas é importante saber que o mercado de renda variável tem seus riscos e o retorno, em geral, é em longo prazo.

2. Estude muito

Conhecimento é a única coisa que ninguém pode roubar de outra pessoa. E nos investimentos de renda variável, isto não poderia ser diferente. De fato, por serem investimentos mais complexos do que na renda fixa, é necessário um conhecimento maior.

Perdas patrimoniais acontecem e são naturais no mercado. Porém, o conhecimento adquirido através destas perdas, juntamente com a experiência conquistada pela prática, tornarão qualquer indivíduo mais resiliente e calculista perante à dinâmica deste mecanismo que impulsiona a humanidade para frente.

A leitura de livros sobre investimentos também é bastante importante neste processo. Alguns títulos são básicos e devem ser consultados por todo e qualquer investidor.

3. Tenha um horizonte de longo prazo

Em qualquer investimento, os seus resultados devem ser esperados no longo prazo. E para que esse objetivo seja alcançado, a paciência e disciplina nos aportes são fatores que devem ser trabalhado dia após dia pelo investidor.

A pergunta que fica é a seguinte: quanto tempo é um longo prazo? A resposta é bastante subjetiva. Isso vai depender da realidade de cada investidor.

O investimento de longo prazo deve ser feito com aquele recurso que não será utilizado de forma imediata.

O ideal é deixar esse dinheiro o maior tempo possível, com o foco de utilizar apenas os dividendos e rendimentos provenientes dessa aplicação. Além, é claro, ser necessário escolher boas ações para o longo prazo.

4. Diversifique seus ativos

Existe uma frase clichê no mercado, mas que faz muito sentido. Ela diz: “jamais coloque todos os ovos na mesma cesta”. Faz total sentido, afinal, caso a cesta caia no chão, provavelmente todos, ou quase todos os ovos, se partirão.

O mesmo vale para o dinheiro investido. Procure diversificar, de modo que, caso venha a sofrer alguma perda em um ativo, por qualquer que seja o motivo, outros ativos de sua carteira obtenham movimentações contrárias, resultando numa tendência de equilíbrio nesse momento de dificuldade pontual.

O ideal é sempre montar uma carteira de ativos variada. Dependendo do seu perfil de risco, você pode focar mais em renda variável ou em renda fixa. Existem três tipos de investidores:

  • Seguro ou conservador. Valoriza a segurança e quer ter risco pequeno. Em geral, investe maior parte do capital em renda fixa e apenas uma pequena parte na renda variável.
  • Moderado. Pensa na segurança de investimento em renda fixa, mas já tolera uma quantidade maior de risco.
  • Arrojado ou agressivo. Tem disposição para assumir riscos e até correr risco de perder capital. Investe maior parte dos recursos em renda variável.

Para quem ainda não tem a capacidade de fazer essas escolhas por conta própria, a Suno disponibiliza um e-book gratuito sobre Como analisar uma ação.

5. Não invista como manada

Diversas pessoas, muitas vezes por influência de amigos, parentes, mídia e/ou qualquer outro fator, acabam por inverterem o ciclo normal de seu comportamento natural quando decidem investir na renda variável.

Ao se deparar com um objeto que há muito tempo deseja adquirir e que se encontra em promoção, toda pessoa vê ali uma oportunidade de adquirir um produto que lhe agregará valor a um preço abaixo do que realmente ele vale.

Por incrível que pareça, esse comportamento é visto muitas vezes de maneira contraditória no mercado, principalmente pelos investidores iniciantes.

Muitos resolvem comprar ativos em seus momentos de alta, no desejo de “surfarem a onda” daquela euforia, e decidem se desfazer daquele ativo quando percebem um movimento de queda nos seus preços.

É muito comum, em bancos e corretoras, investidores buscarem aplicar os recursos em ações que estejam rendendo bem no momento. Ou então, se livrarem imediatamente de papéis que tenham tido baixas. Os economistas chamam esse movimento de “efeito manada”.

Recentemente, ações da Petrobrás e da Vale registraram a passagem desse movimento, de acordo com um estudo divulgado pelo Banco Central.

Ou seja, o investidor segue o comportamento de outras pessoas e do mercado não por convicções ou decisão fundamentada, mas simplesmente para acompanhar o grupo.

E isso é exatamente o oposto do que deve ser feito, e os investidores que tem essa consciência e aplicam a filosofia do Value Investing apresentam sempre os melhores resultados ao longo do tempo. A dica, então, é comprar ativos quando estiverem em “promoção”.

6. Busque orientação de especialistas

Sempre existirão pessoas mais experientes em qualquer área de nossas vidas. Por isso, a busca por uma consultoria especializada, composta por pessoas renomadas e que apresentaram resultados ao longo do tempo, em qualquer setor em que se deseje evoluir na vida, é uma decisão bastante inteligente a ser tomada.

Aprender errando é importante, porém aprender com os erros dos mais experientes é muito mais prático e barato.

7. Não se assuste com crises

Desafios irão surgir, crises irão aparecer e passar, e a vontade de desistir muitas vezes se fará presente.

Entretanto, o que irá diferenciar os bem-sucedidos daqueles que abrirão mão de uma renda previdenciária satisfatória no futuro por darem preferência a prazeres momentâneos, será a capacidade de manter o autocontrole nos momentos de maiores dificuldades.

Conclusão sobre investimento em renda variável

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Ações e fundos imobiliários são excelentes alternativas para criação de riqueza e renda passiva no decorrer dos anos. E por isso estimulamos e recomendamos a aplicação nestes recursos, atualmente tão pouco aproveitados pelos brasileiros como um todo.

É importante ter a consciência de que às vezes, o investimento em renda variável será obrigatório em um portfólio, dependendo dos objetivos do investidor.

De fato, é difícil pensar em outra forma de aplicação que seja legal e honesta e se faça tão vitoriosa no longo prazo quanto o investimento em ativos deste âmbito.

Para que o investidor tenha uma boa caminhada, é fundamental que ele faça uma análise detalhada das ações ou dos fundos em que pretende investir. Estudar e conhecer esse mercado traz vantagens importantes.

O mercado de renda variável apresenta suas características peculiares, assim como qualquer outra classe de investimentos. Porém, para o longo prazo, é talvez a melhor forma de garantir a sua aposentadoria.

PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

Perguntas frequentes sobre Renda Variável
O que é renda variável?

Renda variável é um tipo de investimento financeiro em que não se conhece a rentabilidade no momento da aplicação dos recursos. Ações da bolsa de valores, fundos imobiliários, opções e derivativos são alguns exemplos.

Como investir em renda variável?

O investimento em renda variável pode ser feito de maneira direta ou por meio de fundos de investimento.

Quais os riscos da renda variável?

Um investimento em renda variável pode dar lucro ou prejuízo. Isso faz parte do risco de mercado desses títulos. Os preços dos papéis podem variar no decorrer do tempo e se desvalorizar.

Como declarar renda variável no imposto de renda?

Todo investidor de renda variável é obrigado a fazer a declaração anual do imposto de renda. As informações sobre ganhos e prejuízos estão presentes nas notas de corretagem. Esse documento deve ser solicitado à sua corretora.

Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?

Renda fixa tem a rentabilidade pré-definida no momento da aplicação do dinheiro. Nela, o investidor sabe qual será o valor ou o cálculo a ser realizado no momento do resgate.

Bibliografia

https://www.money-zine.com/definitions/investing-dictionary/variable-income-securities/
http://www.businessdictionary.com/definition/fixed-income-investment.html
https://transparency.ky.gov/learn/Pages/fixed.aspx

ACESSO RÁPIDO
    Rodrigo Wainberg
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    3 comentários

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    • jose luiz 3 de agosto de 2020
      Explicação maravilhosa, nada tendenciosa. Gostei muito ..Responder
    • Murilo 16 de setembro de 2020
      Muito elucidativo este artigo.Responder
    • Cecília 21 de setembro de 2020
      Artigo muito esclarecedor. Gostei muito! Grata!Responder