Radar do Mercado: Smiles (SMLS3) – Perfil gerador de caixa segue presente na companhia

A Smiles Fidelidade anunciou ontem (06) seus resultados do 4T17 e, no período, a companhia continuou apresentando evoluções positivas nos seus indicadores operacionais e financeiros.

Dentre os indicadores operacionais, destacaram-se o crescimento de 63,4% no volume de milhas acumuladas, e o crescimento de 57,1% no volume de milhas resgatadas comparando ambos indicadores com o quarto trimestre de 2016.

Na comparação anual, a Smiles encerrou 2017 com um expressivo crescimento de 59,1% nas milhas acumuladas e 56,2% nas milhas resgatadas, atingindo níveis recordes.

Dentre os indicadores financeiros, o faturamento bruto total de R$ 511,9 milhões, cujo crescimento foi de 12,8% em comparação com o 4T16, permaneceu com crescimento superior aos da indústria de fidelização.

Vale notar que este foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento do faturamento na comparação com os mesmos trimestres de anos anteriores.

Em 2017, o faturamento atingiu a marca recorde de R$ 1,9 bilhão, um crescimento de 11,3% em relação à 2016.

Grande parte desses resultados foram consequência de um aumento de 14,3% no número de participantes do programa no 4T17, que atingiu o patamar de 13,7 milhões.

Dessa maneira, a receita líquida pró forma de 2017 cresceu 16,5% em relação ao ano de 2016 e atingiu R$ 1.804 milhões, sendo também o recorde histórico da companhia.

Já a sua receita líquida atingiu o patamar de R$ 478,3 milhões no 4T17, resultado 8,5% e 6,4% superior quando comparado ao 3T17 e ao 4T16, respectivamente.

No acumulado do ano, a receita líquida da Smiles foi de R$ 1.804,1 milhões, 16,5% superior àquela que foi constatada no ano de 2016.

As despesas operacionais da companhia tiveram a influência de três efeitos não recorrentes no ano de 2017: R$ 15,2 milhões referentes à baixa do ágio da Netpoints, R$ 5,1 milhões referentes à reorganização societária e R$ 15,1 milhões referentes às despesas para desenvolvimento do negócio.

Expurgando-se os efeitos não recorrentes, as despesas operacionais apresentaram crescimento de 11,1% em relação ao ano 2016.

Tais despesas cresceram principalmente pelo aumento de R$ 8,0 milhões nas despesas comercias e com publicidade, aumento de R$ 4,3 milhões nas despesas com prestação de serviço e aumento de 4,5 milhões com despesas de serviços de informática.

Assim, a Smiles obteve lucro operacional de R$ 145,6 milhões, 21,7% inferior ao 4T16, com uma margem operacional de 30,4%. Em 2017, o lucro operacional atingiu R$ 649,8 milhões, um crescimento de 10,0% em relação ao ano anterior.

É importante destacar, também, que o resultado financeiro da companhia apresentou uma queda de 15,3% em relação ao 4T16, principalmente decorrente da menor receita financeira em razão da redução da taxa de juros e da variação cambial negativa.

Ainda, o seu Ebitda, que é uma proxy da geração de caixa da companhia e consiste no lucro líquido atribuível aos seus acionistas, acrescido do resultado financeiro líquido, do imposto de renda e da contribuição social, e das despesas com depreciação e amortização, atingiu, no trimestre, o patamar dos R$ 149,2 milhões, com uma margem Ebitda de 31,2%.

Por fim, a Smiles Fidelidade obteve lucro líquido trimestral de R$123,0 milhões, com margem líquida de 25,7% no 4T17.

No ano de 2017 o Lucro Líquido atingiu a marca recorde de R$ 760,6 milhões, apresentando crescimento de 38,7% em relação aos R$ 548,3 milhões apresentados em 2016.

De acordo com os números acima, pode-se perceber que a Smiles apresentou efeitos não recorrentes que aumentaram as suas despesas operacionais e, também, uma redução em seu resultado financeiro decorrente da menor receita financeira em razão da redução da taxa de juros e da variação cambial negativa.

Esses pontos influenciaram o seu lucro líquido no período, porém foi possível perceber que a companhia seguiu coerente com uma de suas características mais marcantes que é a capacidade de gerar de caixa operacional de maneira satisfatória no decorrer do tempo.

Assim sendo, avaliamos que a Smiles segue apresentando evoluções positivas em indicadores operacionais e financeiros, o que nos faz enxergar com bastante positivismo essa companhia que entendemos ter ainda bastante mercado para se expandir.

A Smiles é uma companhia que atua no setor de fidelização de clientes no Brasil e que, diga-se de passagem, possui atualmente um potencial de captura de novos clientes enorme, bem como também, na parte de acumulação de pontos.

Acreditamos que a companhia apresenta um modelo de negócios rentável e flexível, que gera margens bastante elevadas, aliado a uma plataforma de informática centralizada, o que contribui para que esse empreendimento seja bastante escalável, ou seja, precisa de baixa necessidade de investimento para aumentar sua capacidade de entregar resultados.

Isso se traduz em uma capacidade de distribuição de proventos interessante a seus acionistas, característica essa que em muito nos agrada ao avaliarmos uma companhia.

Ainda, a Smiles faz parte de nossa carteira Suno Valor e, inclusive, escrevemos um relatório completo sobre a companhia para nossos assinantes no dia 25/08/2017.

Recomendamos a leitura do mesmo e, como sempre, pedimos o respeito ao preço teto de entrada sugerido em nossa indicação para que, assim, possa-se obter uma margem de segurança satisfatória no investimento.

Ademais, comentaremos com maior profundidade os resultados da Smiles nos nossos próximos relatórios Suno Valor que disponibilizamos semanalmente a nossos assinantes.

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    Tiago Reis
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