Radar do Mercado: Santander (SANB11) – Um bom resultado

O Banco Santander também divulgou ontem (25) os seus números operacionais referentes ao segundo quarto de 2018 e, de acordo com o reportado, foi possível perceber que a companhia seguiu com o seu foco na produtividade de controle de custos, reforçando, assim, o seu empenho em potencializar a sua geração de resultados.

Com isso, as suas receitas totalizaram R$ 29.032 milhões no primeiro semestre de 2018, com alta de 14,0% em doze meses (ou R$ 3.564 milhões) e 3,1% em três meses, sendo que a sua margem financeira somou R$ 20.623 milhões no mesmo período, incremento de 14,8% em doze meses, em função das maiores receitas com crédito e atividade com o mercado. Em três meses a margem financeira cresceu 2,9%.

Já as comissões alcançaram R$ 8.409 milhões, crescimento de 12,1% em doze meses, suportadas pelo aumento da base de clientes e maior vinculação. Os produtos em destaque permanecem sendo cartões de crédito e adquirência, serviços de conta corrente e comissões de seguros. Em três meses, essas receitas subiram 3,4%.

Neste cenário, as despesas gerais do Santander totalizaram R$ 9.672 milhões no primeiro semestre de 2018, aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado e 1,3% em três meses. Essas variações decorrem em grande parte pelo aumento das despesas variáveis relacionadas a nossa intensidade comercial.

Dessa maneira, o índice de eficiência alcançou 39,8% no primeiro semestre de 2018, atingindo o menor patamar histórico, representando uma melhora de 4,3 p.p. em doze meses e 0,4 p.p. em três meses.

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Adicionalmente, o índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 2,8% em junho de 2018, redução de 0,1 p.p. em ambos períodos, doze e três meses, ao passo que o custo de crédito no segundo trimestre de 2018 foi de 3,2%, estável em doze meses e redução de 0,2 p.p. em três meses.

Já o índice de cobertura alcançou 219% em junho de 2018, o que representa uma queda de 9,5 p.p. em doze meses e alta de 3,3 p.p. em três meses.

Com isso, percebe-se que os indicadores de qualidade de carteira do Santander se mantiveram sob controle, suportados pela assertividade dos seus modelos de riscos.

Ainda, as captações com os seus clientes somaram R$ 324.879 milhões no final de junho de 2018, expansão de 8,1% em doze meses e 2,5% em três meses. A dinâmica continua com depósitos a prazo ganhando participação no total, com alta de 45,0% em doze meses e 11,4% em três meses. Os depósitos de poupança apresentaram crescimento de 14,9% em relação a junho de 2017 e 2,8% em três meses.

Diante disso, o lucro líquido gerencial do Santander somou R$ 5.884 milhões no primeiro semestre de 2018, crescimento de 27,5% em doze meses e 5,8% em três meses. Essa sólida geração de resultado segue suportada pelo crescimento da sua base de clientes.

Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), ajustado pelo ágio, atingiu 19,3%, no primeiro semestre de 2018, aumento de 3,4 p.p. em doze meses. Essa evolução evidencia o crescimento recorrente de nossas receitas totais, com ganho de eficiência.

Não bastasse, a carteira de crédito total do Santander totalizou R$ 290.479 milhões ao final de junho de 2018 o que representa um aumento de 13,1% em doze meses (ou alta de 11% desconsiderando o efeito da variação cambial).

Os segmentos em destaque continuaram sendo pessoa física e financiamento ao consumo que aumentaram 23,0% e 22,7% em doze meses, respectivamente.

Pessoa física cresce a uma taxa acima da carteira total há 11 trimestres consecutivos e financiamento ao consumo há 8 trimestres. Em três meses, a carteira total expandiu 3,6% com desempenho positivo entre os segmentos.

A sua carteira de crédito ampliada somou R$ 368.245 milhões, crescimento de 13,3% em doze meses e 4,0% em três meses.

Pelos números e informações disponibilizadas pelo Santander em seu resultado, confirmamos nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia, e também o segmento bancário no Brasil como um todo, como um ecossistema que apresenta um dos ambientes mais rentáveis do planeta, por conta disso, gostamos muito da conjuntura do setor bancário no país.

O que não gostamos, contudo, é do atual preço de cotação do Santander, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.

O Brasil é um país de oportunidades, e acreditamos que a qualquer momento possa surgir uma janela interessante para indicação neste valioso banco.

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