Radar do mercado: Fitch coloca rating da Sonae Sierra (SSBR3) em observação positiva

A Sonae Sierra Brasil S.A. anunciou ontem (10) aos seus acionistas e ao mercado em geral que a agência de risco Fitch Ratings colocou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da companhia em observação positiva.

Segundo o comunicado da Sonae Sierra, a observação positiva se deve ao anúncio de acordo de associação entre a companhia e a Aliansce, através da incorparação da Aliansce pela Sonae Sierra Brasil, conforme comentamos recentemente no radar do Suno Call #331.

De acordo com a agência, a fusão fortalecerá a base de negócios das empresas, criando a segunda maior empresa de Shopping Centers do Brasil, originada a partir de duas empresas que possuem sólida experiência no desenvolvimento e gerenciamento de shoppings no país.

A Aliansce e a Sonae Sierra possuem elevada complementaridade de operações e juntas contarão com uma carteira de propriedades mais robusta. Haverá benefício de diversificação geográfica, uma vez que a Aliansce e a Sonae Sierra têm direcionado suas atividades para mercados distintos, sem sobreposição de ativos.

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Sendo assim, há expectativa de que a fusão possibilite a captura de sinergias, fortalecendo ainda mais as margens operacionais.

Segundo a Fitch, a nova companhia preservará um perfil financeiro sólido, gerenciando os patamares de investimentos e dividendos a fim de preservar uma estrutura de capital e liquidez conservadora. Após a conclusão da operação, a empresa resultante reportará indicadores de crédito moderadamente menos conservadores em relação ao perfil de crédito da entidade combinada. No entanto, a agência acredita que o perfil convergirá para as métricas mais conservadoras da Sonae Sierra.

EXEMPLO:

A Fitch também afirma que a transação contribuirá para melhorar a diversificação de ativos, diminuindo também a concentração de geração de caixa por ativos. Ressalta-se que estes são os dois principais limitadores do rating da Sonae Sierra Brasil.

No caso da Aliansce, a fusão contribuirá para o fortalecimento da estrutura de capital, com índices de cobertura de juros mais fortes, menor alavancagem e maior flexibilidade financeira dos ativos desonerados.

Além disso, ambas companhias tem preservado um desempenho operacional adequado, na visão da Fitch, com índices de ocupação entre 93% e 97% nos últimos 5 anos.

Há expectativa de que se mantenham as boas margens de EBITDA, bem como a consistência na geração de fluxo de caixa operacional. A geração de caixa deve continuar suportada pela manutenção dos níveis de ocupação, bem como pela expectativa de reajustes dos contratos de aluguel e gradual redução dos descontos concedidos aos lojistas.

No mais, cabe ressaltar que esta análise da Fitch leva em consideração que a fusão ocorrerá nos termos propostos. Caso a fusão seja concluída, os ratings devem ser elevados.

Por fim, acreditamos que seja uma notícia positiva para as companhias, reforçando o potencial de geração de valor da fusão. Aguardaremos pacientes o desfecho da fusão, informando oportunamente aos nossos assinantes sobre as novidades que dizem respeito a esta operação.

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    Tiago Reis
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