Radar do Mercado: Porto Seguro (PSSA3) – Renovação de programa de recompra de ações é anunciado pela companhia
A Porto Seguro comunicou ontem (30) aos seus acionistas e ao mercado que o seu Conselho de Administração, em reunião realizada na mesma data, aprovou a renovação do programa de recompra de ações de sua emissão.
“Como nos anos anteriores, caberá à Diretoria a opção por, caso as condições econômicas e o valor da cotação das ações da companhia na B3 assim o recomendem, efetivar (ou não) a aquisição em quantidade e preços adequados”, salientou a Porto Seguro em seu comunicado.
Em relação ao comunicado acima, cabe aqui ressaltar que a com companhia salientou também que o objetivo do programa da aquisição de suas ações é a manutenção em tesouraria, cancelamento ou até mesmo alienação, tem por objetivo, “havendo condições propícias, criar alternativa adicional para geração de valor para os acionistas”.
Foi informado, ainda, que a aquisição respeitará o limite de até 5 milhões de ações ordinárias, que representam cerca de 5% do total de ações em circulação. “Todas as ações eventualmente recompradas poderão ser alienadas no âmbito do programa”, destacou a Porto Seguro.
O prazo máximo para liquidação das operações de recompra é de um ano, com início em 1º de fevereiro de 2019 e término em 1º de fevereiro de 2020, e a aquisição de ações deverá ser feita no pregão da B3, a preços de mercado.
No mais, a Porto Seguro é uma corporação composta de empresas de seguros, financeiras e serviços a qual vem apresentando resultados consistentes e sólidos ao longo do tempo.
Dessa forma, com o cenário otimista de perspectiva da retomada do crescimento econômico, que poderá contribuir tanto para que o setor de seguros continue crescendo acima do PIB nos próximos anos, quanto para a expansão dos demais negócios em que atua a Porto Seguro, entendemos que a companhia pode continuar apresentando resultados consistentes no médio prazo.
Entretanto, preferimos outras empresas do segmento, e um dos fatores que reforça esse posicionamento diz respeito ao fato de a companhia seguir apresentando um histórico de dividendos que avaliamos que poderia ser mais atrativo, apesar do aumento no Payout e no seu Dividend Yield no ano de 2017.
Obviamente que esses são números que dizem respeito ao passado da companhia e, neste sentido, é importante lembrar que a Porto Seguro se comprometeu em divulgar ao mercado os seus números do último quarto de 2018 no próximo dia 06 de fevereiro, ocasião essa a qual seguimos ansiosos para constatar.
No que diz respeito ao seu anúncio sobre o processo de recompra de ações, costumamos mencionar que sempre enxergamos um procedimento dessa natureza por parte de uma empresa como positivo, isto por que, naturalmente, essas transações ocasionam um aumento proporcional de participação dos minoritários no negócio, caso as ações sejam posteriormente canceladas.
Paralelamente, é compreensível entender que, ao se realizar uma recompra, a própria gestão da companhia pode estar considerando o seu atual preço está abaixo do seu real valor intrínseco, o que é um bom sinal para os demais acionistas do negócio.
Gostamos da empresa e de seu segmento de atuação e, apesar de já possuirmos empresas do segmento em nossas carteiras, é possível que, caso haja uma queda relevante no preço de suas ações PSSA3 – cotadas no fechamento do pregão de ontem (30) a R$ 55,00 – possamos vir a indicar a companhia a nossos assinantes.
No mais, uma boa alternativa para aqueles investidores que possuem interesse em se associar à Porto Seguro seria fazê-lo por meio de Itaúsa, visto que a holding detém a seguradora dentro dela por meio do banco Itaú, além de apresentar uma operação mais rentável.
Isto posto, neste momento preferimos outras empresas do setor de seguros – principalmente por conta dos dividendos pagos pela Porto Seguro e pelo seu atual preço – as quais indicamos algumas delas nas nossas carteiras Suno Dividendos e Suno Valor.
Com sempre reforçamos, recomendamos a nossos assinantes que respeitem o preço teto de compra desses ativos, de modo que, dessa forma, bons negócios possam ser efetuados dentro de um limite interessante de margem de segurança naquelas companhias.
