Radar do mercado: Petrobras (B3: PETR4) conclui venda de 3 campos

Na última terça-feira (08), a companhia informou que foi concluída a venda dos campos de Pargo, Carapeba e Vermelho.

A operação foi concluída com o recebimento da quantia de US$ 324 milhões, além do valor de US$ 74 milhões já pagos anteriormente. A transação ainda precisa da aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A empresa sofreu muito, nos últimos anos, por escândalos de corrupção e pela aquisição de ativos que não trouxeram retorno, como o emblemático caso da Refinaria de Pasadena, na Califórnia.

PLANILHA CONTROLE GASTOS

Essa venda faz parte da estratégia da Petrobras da venda de ativos para a redução de sua alavancagem, que começou desde a gestão de Pedro Parente. A anglo-francesa Perenco passa a deter a operação dos campos.

Carapeba e Vermelho foram descobertos em 1982, e o campo de Pargo, em 1975. As concessões foram concedidas à Petrobrás em 1998, na Rodada Zero de licitações.

Dentre os ativos que já foram vendidos, a venda da TAG foi concluída e agora pertence à Engie e ao grupo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec. O valor foi de R$ 33,5 bilhões. A Petrobrás continua utilizando os serviços de transporte de gás da TAG após a venda do controle.

A Petrobrás também recentemente anunciou avanços na venda da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A empresa tem executado um plano ambicioso de venda de ativos considerados não estratégicos, focando na exploração de águas profundas, como pré-sal.

A empresa passou do patamar de Divída Bruta/EBITDA de 4,5, em 2017, para 2,9 atualmente, o que mostra que as últimas gestões têm sido bem-sucedidas no controle da dívida da empresa, que ainda é relativamente alta.

Atualmente, a dívida líquida da Petrobrás representa cerca de 125% do seu patrimônio líquido no 2T19.

Acreditamos que a companhia não se apresenta como um investimento interessante no momento. Muito do peso deste racional se dá pelo fato de que a Petrobras é controlada pelo Estado e, portanto, pode haver divergência entre os interesses do pequeno investidor e dos controladores da empresa. Portanto, nos mantemos afastados de PETR4.

ACESSO RÁPIDO
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    Tiago Reis
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    1 comentário

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    • Antonio Augusto Tavares Zaidan 9 de outubro de 2019
      Tenho que comentar... já tinha a Suno e o Tiago Reis em altíssima conta, mas este último parágrafo sobre petr4 foi coroação de um belíssimo trabalho.Responder