Radar do Mercado: Petrobras (PETR4) – Companhia anuncia conclusão de venda de mais um ativo

A Petrobras comunicou ao mercado, nesta sexta feira (8), a conclusão da venda de distribuidoras no Paraguai. As empresas vendidas atuam através de uma rede de 201 estações de serviço e um terminal de armazenamento próprio, no mercado de distribuição e comercialização de lubrificantes, gás liquefeito de petróleo, combustíveis e outros produtos.

A transação totalizou o montante de US$380.8 milhões, pagos pela Paraguay Energy em favor da Petrobras Internacional Braspetro B.V. (PIB BV). A aquisição do grupo Copetrol (controlador da Paraguay Energy) envolveu 100% da participação societária da PIB BV nas empresas Petrobras Paraguay Distribuición Limited (PPDL UK), Petrobras Paraguay Operaciones y Logística SRL (PPOL) e Petrobras Paraguay Gas SRL (PPG).

 

Na data da conclusão da venda (8), a empresa também anunciou novo acordo para cessão de direitos do campo de Maromba na Bacia de Campos para a BWO.

A BW Offshore, empresa listada na Oslo Stock Exchange, possui um total de ativos no valor de US$3.4 bilhões e é líder no fornecimento de serviços de unidades de flutuantes de produção no segmento de “Oil&Gas”. A empresa atua mundialmente no mercado de O&G e possui, atualmente, 15 FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência, do inglês, Floating Production Storage and Offloading) próprios.

Localizado a aproximadamente 100 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, o campo de Maromba, descoberto em junho de 2003, tem 70% da participação nas mãos da Petrobras, empresa que opera o local.

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A transação no valor de US90 milhões inclui a participação total e a operação do campo. O pagamento será realizado em três etapas. A primeira parcela, no valor de US$20 milhões, deve ser paga na data de fechamento da operação. A segunda parcela, de mesmo valor, será paga em até 15 dias úteis após o início das atividades de perfuração de poços para o desenvolvimento do campo e, a última parcela (US$50 milhões), deverá ser paga em até três meses após o primeiro óleo extraído ou três anos após o inicio das atividades de perfuração de poços para o desenvolvimento do campo (o fato que ocorrer primeiro prevalecerá).

A operação está sujeita a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Assim que aprovada a transação, a BWO passará a operar o campo.

A administração da Petrobras afirma que ambos os projetos contribuem para melhorar a alocação de capital da companhia, visando aumentar a geração de valor para o acionista.

Em meio a este cenário de desinvestimentos, é necessário aguardar os próximos movimentos da empresa, uma vez que a mesma não declarou o destino do capital. Este fato gera uma série de incertezas, pois a vaga informação sobre o motivo da venda não permite análises complexas quanto à atual situação e os futuros investimentos da companhia.

Para um diagnóstico mais assertivo e fundamentado quanto às consequências de tais decisões, devemos aguardar os próximos comunicados e publicações de resultados da empresa.

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    Tiago Reis
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