Radar do mercado: Movida (MOVI3) anuncia ofertas primária e secundária

A Movida Participações S.A. anunciou aos seus acionistas e ao mercado em geral, na última sexta-feira (12), que o Conselho de Administração da companhia aprovou a realização de oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 48,5 milhões de ações ordinárias.

Assim, a oferta irá consistir na distribuição pública primária de 35.500.000 novas ações ordinárias de emissão da companhia, além da distribuição pública secundária de, inicialmente, 13 milhões de papéis ordinários de emissão da companhia e titularidade da JSL S.A.

A oferta será feita sob coordenação do BTG Pactual, que é o coordenador líder, em conjunto com o Itaú BBA, J.P. Morgan, XP Investimentos, BB Investimentos, Bradesco BBI e Santander.

 

A Movida informou também que, simultaneamente, serão realizados esforços de colocação no exterior, nos EUA, exclusivamente para investidores institucionais qualificados, conforme previsto pelo Securities Act.

O volume movimentado pela oferta poderá chegar à ordem de R$ 1 bilhão, sendo que cerca de R$ 585 milhões serão destinados ao caixa da Movida, pela distribuição primária de 35,5 milhões de ações, considerando como base a cotação de fechamento dos papéis da Movida na sexta-feira, a R$ 16,47.

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Segundo a companhia, os recursos líquidos oriundos da oferta primária serão destinados para fins de compra de novos carros, melhoria de sua estrutura de capital e suporte para investimento em inovação e tecnologia.

A oferta secundária, por sua vez, poderá movimentar um lote adicional de 16.975.000 ações ordinárias de titularidade da JSL, nas mesmas condições e preço das ações inicialmente ofertadas. Considerando a última cotação de fechamento da empresa, a JSL levantaria pelo menos R$ 214 milhões, podendo alcançar até R$ 494 milhões caso o lote adicional seja ofertado.

As ações da companhia acumularam um aumento de mais de 90% em 2019. Nos últimos 12 meses, o valor de mercado da Movida já triplicou. No entanto, após o anúncio da oferta, a cotação das ações caiu quase 3%, provavelmente indicando uma má recepção do mercado ao anúncio da oferta.

Pelo cronograma anunciado, a definição do preço das ações será realizada no dia 25 de julho, ao passo que a previsão do início das negociações da oferta está prevista para o dia 29 de julho.

Vale lembrar que a composição acionária da Movida atualmente é tal como mostrada no diagrama a seguir:

Acreditamos que a notícia tem seus pontos positivos e negativos, uma vez que a captação de recursos pode ser de grande valia para a empresa, sendo capaz de proporcionar bons retornos para os acionistas. No entanto, haverá diluição de acionistas, que constitui um aspecto negativo.

Por fim, acreditamos que a empresa vem apresentando bons resultados e tem potencial para prosperar, gerando bons retornos aos seus acionistas. No entanto, observaremos o case de fora do papel por considerar que seu preço atual não está no patamar que gostaríamos.

 

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    Tiago Reis
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    5 comentários

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    • E Dias 15 de julho de 2019
      Parabéns pela análise. Excelente.Responder
    • Rodrigo 15 de julho de 2019
      Vi nascer a empresa sala ao lado da minha em um escritório virtual no Itaim Bibi em SP. A minha empresa não decolou, mas eu fui um dos primeiros clientes da Movida, ainda quando era calzase falar com a Dona que vendeu sua participação com a empresa quase quebrada a um grupo que logo a colocou nos trilhos outra vez e abriu o capital. Bacana ver a evolução. Ahí q para este mes, abrirei posição.Responder
    • Thiago 15 de julho de 2019
      Sempre tá fora do papel. Por que não recomendaram quando estava a R$8Responder
    • Bjribeiro 16 de julho de 2019
      Olá Tiago! Bom dia. E o valor unitario da ação?Responder
    • elson 17 de julho de 2019
      Bom dia, qual é o melhor momento para a compra desse papel MOVIDA?Responder