Radar do Mercado: B3 solicita esclarecimentos para Petrobras (PETR4) sobre notícia veiculada na imprensa

A notícia veiculada no jornal Estado de São Paulo, no dia 16/03, sob título “Equipe de Guedes defende privatização generalizada”, trata de possíveis vendas de ativos da companhia nos próximos 12 meses.

Segundo às informações do jornal, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, afirmou que a empresa pode vender até US$40 bilhões de seus ativos em 12 meses, sendo US$10 bilhões nos primeiros quatro meses do ano.

 

Outras notícias veiculadas recentemente na imprensa brasileira apontam para a privatização da companhia e o discurso político no país tende para o mesmo movimento. De acordo com a revista Exame, o presidente da Petrobras defende a privatização de 99% das estatais.

Paulo Guedes, em discurso nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (18), defendeu a abertura de mercado e comentou sobre a possibilidade de investimentos externos no setor de petróleo e gás.

A companhia não se posicionou em resposta às referidas notícias, porém a estratégia de desinvestimentos da Petrobras está alinhada com as informações noticiadas pela imprensa, o que nos faz crer que as informações não são meramente especulativas.

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Entretanto, devemos aguardar o posicionamento da Petrobras que deve ocorrer até hoje (19), segundo a B3.

Além dos esclarecimentos solicitados, a companhia informou ao mercado, também na segunda-feira, a aprovação do Acordo de Individualização da Produção da jazida compartilhada de Lula, localizada na Bacia de Santos.

A Jazida compartilhada de Lula, compreende o contrato de concessão do campo de lula, operado pela Petrobras (65%), em parceria com a Shell (25%) e com a Galp (10%), além do Bloco Sul de Tupi, operado pela Petrobras (100%).

Além disso, a jazida conta com área não contratada pertencente à União que foi incluída no AIP.

Com a aprovação do acordo, as participações de cada parte na jazida foram alteradas. As novas participações se encontram na tabela a seguir.

As mudanças na participação beneficiarão a Petrobras com um aumento na produção na ordem de 20 mil de barris por dia.

Em complemento a este comunicado, a empresa informou o mercado sobre a realização do pré-pagamento de dívida com o Banco do Brasil. As Notas de Crédito à Exportação, cujo vencimento ocorreria em 2022, foram pagas pela Petrobras na sexta-feira (15), no valor de R$7 bilhões.

Segundo a administração da companhia, “a operação está em linha com o Plano de Resiliência, que visa à melhora do perfil de amortização e do custo da dívida, levando em consideração a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão”.

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    Tiago Reis
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