Radar do Mercado: Vale (VALE3) lucra US$ 239 milhões no 1T20

  • A mineradora registrou um lucro líquido de US$ 239 milhões em 1T20 depois de um prejuízo de US$ 1,562 bilhão no 4T19.
  • O aumento de US$ 1,801 bilhão no resultado foi, principalmente, pelo reconhecimento de despesas one-off no 4T19, tais como os impairments em ativos de níquel e carvão (US$ 4,202 bilhões) e provisões relacionadas à Brumadinho (US$ 898 milhões).
  • Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo menor EBITDA ajustado pró-forma (US$ 1,636 bilhão), por maiores despesas financeiras (US$ 1,445 bilhão) e por menor receita de imposto (US$ 764 milhões).

 

Os principais fatores determinantes do resultado financeiro no 1T20 foram:

  • O impacto negativo da depreciação de 29% no Real, de USD/BRL 4,0307 em 31/12/2019 para USD/BRL 5,1987 em 31/03/2020.
  • O menor valor do Real reduziu o resultado dos derivativos utilizados como hedge dos compromissos denominados em Reais (US$ 1,232 bilhão) e aumentou o valor da posição líquida passiva em Dólares da Vale (US$ 464 milhões).
  • O impacto negativo da queda no valor do petróleo sobre o valor das posições de derivativos através da redução do valor de mercado das posições que compõem o programa de hedge de bunker oil (US$ 357 milhões).
  • O impacto positivo da relativa estabilidade do valor das debêntures participativas (US$ 311 milhões), em linha com o comportamento do preço do minério de ferro no trimestre.

Impacto da desvalorização do Real em relação ao Dólar no valor equivalente de caixa, compromissos e derivativos.

 

Além da divulgação do resultado, a empresa prevê retomar na próxima semana as operações de processamento a seco em Timbopeba, parte do Complexo Mariana, com produção mensal de aproximadamente 330 mil toneladas de finos de minério de ferro.

As operações de Timbopeba foram suspensas em março de 2019, juntamente com diversas outras, em meio à revisão da segurança das operações da companhia após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado.

Em comunicado ao mercado, a empresa informou que a produção foi autorizada por uma auditoria externa contratada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, conforme acordo entre a Vale e os Promotores na Ação Civil Pública de Timbopeba.

As atividades de processamento a úmido na mina de Timbopeba, por sua vez, devem ser retomadas no quarto trimestre, permitindo à operação atingir a sua capacidade total de produção de cerca de 1 milhão de toneladas por mês.

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    Tiago Reis
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