Radar do Mercado: Eletropaulo (ELPL4) – novo mercado, vida nova?

A Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo – Eletropaulo – comunicou ontem (12) foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, realizada na mesma data, a admissão da companhia ao segmento especial denominado Novo Mercado da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão.

A companhia informou que, com isso, ocorrerá a conversão da totalidade das suas ações preferenciais em ações ordinárias, na proporção de um para um, e a reforma global do seu Estatuto Social para adaptá-lo ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da B3, para assim incorporar os demais ajustes detalhados na proposta da administração, com a sua respectiva consolidação.

A Eletropaulo informou ainda que os acionistas titulares de ações preferenciais que não compareceram, se abstiveram de votar ou votaram contra a conversão das ações na Assembleia Especial poderão exercer o direito de retirada relativamente às ações preferenciais de emissão da Companhia desde que sejam, comprovada e ininterruptamente, titulares desde 23 de fevereiro deste ano.

 

A Eletropaulo é uma das 5 empresas controladas pelo Grupo AES Brasil – holding que atua no setor de energia elétrica – e é uma das maiores distribuidoras do País em termos de energia distribuída, atendendo a 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.

O referido comunicado de migração para o segmento Novo Mercado da B3 reflete uma preocupação interessante da gestão em se aproximar dos acionistas minoritários, o que é entendido pelo mercado como uma atitude positiva da companhia, e que refletiu num movimento de alta contínuo nas ações da empresa – ELPL4 – nos últimos três meses.

Entendemos, contudo, que a Eletropaulo é uma empresa que já teve dias melhores, e isto pode ser explicado pelo endividamento no limiar do que consideramos ser elevado frente aos resultados que produz de resultado operacional.

 

Por conta disso, a empresa apresenta dificuldade de gerar caixa, mesmo atuando num setor no qual consideramos ser perene e sustentável no longo prazo, e por isso preferimos ficar de fora, ao mesmo tempo que reforçamos as recomendações no setor de distribuição de energia presentes em nossas carteiras, isto por que consideramos serem elas empresas mais saudáveis e rentáveis, ao mesmo tempo que apresentam uma maior margem de segurança para o acionista.

ACESSO RÁPIDO
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    Tiago Reis
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