Radar do mercado: Copel (CPLE6) anuncia Usina Baixo Iguaçu 100% operacional

A Companhia Paranaense de Energia – COPEL, comunicou ao mercado que a partir desta quarta-feira (10) entrou em operação comercial a última unidade geradora da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu (UG3, com 117 MW de potência instalada).

Com isso, a Usina está com 100% das suas unidades geradoras operando comercialmente, visto que o início da geração comercial das unidades 1 e 2 aconteceu em fevereiro de 2019. A última unidade geradora do empreendimento foi liberada para operar pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em despacho publicado no Diário Oficial da União.

 

A Copel possui 30% da participação do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), responsável por construir e explorar a usina em questão. A potência total instalada é de 350,2 MW, com garantia física de 171,3 MW médios localizado no Rio Iguaçu. Tal capacidade é suficiente para atender uma cidade com um milhão de habitantes.

Durante a sua construção – iniciada em 2013, o investimento total na Usina foi de pelo menos R$ 1,6 bilhão, além de gerar 3 mil empregos diretos durante este período. Por ano, a Usina pagará R$ 4 milhões em impostos pela utilização dos recursos hídricos, valor que será destinado aos municípios abrangidos pela área da operação.

A Usina Baixo Iguaçu é o último aproveitamento energético do principal rio paranaense, onde já existiam outras cinco hidrelétricas de grande porte: Usina Hidrelétrica de Foz do Areia, Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga, Usina Hidrelétrica de Salto Santiago, Usina Hidrelétrica de Salto Osório e Usina Hidrelétrica de Salto Caxias.

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A Copel é uma empresa, cujo maior acionista é o governo do estado do Paraná, que gera, transmite, distribui e comercializa energia, além de atuar no segmento de telecomunicações. Possui 64 anos no mercado, com capital aberto há 25 anos na Bolsa de Valores de São Paulo.

A companhia possui 30 usinas próprias, sendo 17 hidrelétricas, 12 eólicas e 1 térmica. Além disso, opera uma usina hidrelétrica em regime de cotas e tem participação em outros 11 empreendimentos de geração de energia.

A empresa está colocando em prática uma estratégia nova para entrada em projetos, buscando implementar um filtro mais rigoroso. Essa decisão faz parte do plano da companhia de reduzir os investimentos, com o objetivo de minimizar suas dívidas e, consequentemente, sua alavancagem.

De acordo com seus resultados de 2018, a relação entre dívida líquida e EBITDA era de 3,1x, o que não é um número muito elevado, porém, como parte relevante da dívida vence no curto prazo (aproximadamente R$ 3,3 bilhões), a companhia pretende pagar uma parcela e  trabalha para rolar o restante para os próximos anos.

Provavelmente seu endividamento começará a cair neste ano, conforme os projetos em obras entrem em operação e comecem a gerar caixa.

Além disso, segundo veiculado pelo Valor Econômico recentemente, a Copel venderá a Copel Telecom e a Compagas, como parte da estratégia de focar nas atividades centrais de energia e reduzir o endividamento.

No geral, consideramos que os números da Copel apresentaram uma melhora significativa no ano de 2018, como podemos ver, por exemplo, na tabela a seguir que traz o lucro líquido da companhia.

Sua receita líquida e EBITDA também apresentaram melhoras sólidas consideráveis, indicando, juntamente com outros resultados, uma melhora na operação.

No mais, acompanharemos a Copel de fora, uma vez que apesar dos resultados, trata-se de uma companhia estatal, que só consideraremos o investimento quando o preço estiver bastante descontado.

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    Tiago Reis
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