Radar do mercado: Cielo (CIEL3) divulga apresentação de resultados do 2T19

A Cielo S.A. anunciou ontem (23), aos seus acionistas e ao mercado em geral, seus resultados do segundo trimestre de 2019. Nele, a companhia destaca que o volume financeiro capturado pela Cielo aumentou em 8,9% no 2T19, em comparação com o 2T18.

Segundo a companhia, este crescimento de volume é o maior desde o 3T17, com destaque ao desempenho do Varejo, que voltou ao campo positivo.

A base ativa da companhia registrou 1,4 milhão de clientes, um aumento de 14,4% e 4,6% em relação ao 2T18 e ao 1T19, respectivamente, refletindo o reposicionamento comercial no segmento do Varejo, bem como os esforços da melhoria da experiência do cliente e adição de empreendedores na modalidade de venda de terminais.

 

No trimestre, a companhia registrou R$ 2.799,3 milhões em receita líquida. Esse número corresponde a uma queda de 4,4% se comparada com o mesmo período de 2018, ao passo que representa uma expansão de 0,9% em relação ao trimestre anterior, refletindo a adequação da precificação da Cielo em face da intensificação do ambiente competitivo.

MINICURSO CONTABILIDADE

Os gastos totais da Cielo foram registrados no patamar de R$ 2.286,3 milhões no 2T19, correspondendo a um aumento de 13,3% frente ao 2T18. Este aumento se deu, predominantemente devido ao aumento de custos diretamente ligados ao volume transacionado, além da expansão da força comercial em janeiro de 2019, parcialmente compensada pelas ações de eficiência operacional.

A Cielo também destacou que aumentou sua participação de mercado no primeiro trimestre, algo que não ocorria há mais de três anos. Segundo sua gestão, isso indica que a companhia entra novamente no trilho do crescimento. Neste sentido, ainda houve expansão de 14% na base ativa de clientes, alcançando 1,4 milhão de clientes.

No que diz respeito aos indicadores financeiros de desempenho da companhia, a receita operacional líquida, o EBITDA e o lucro líquido apresentaram queda de 4,4%, 34,7% e 33,3%, respectivamente.

Já os indicadores de rentabilidade fecharam o trimestre da seguinte maneira:

Vale ressaltar que o ROA (Return on Assets) é o Lucro Líquido dos últimos doze meses dividido pelo total do ativo do trimestre. O ROE (Return on Equity) é o Lucro Líquido dos últimos doze meses dividido pelo Patrimônio Líquido atribuído aos acionistas controladores do trimestre. Já o ROIC (Return on Invested Capital) é o EBIT dos últimos doze meses dividido pela soma do Patrimônio Líquido com o Total de Empréstimos e Financiamentos.

Assim, é possível observar fortes quedas nos resultados consolidados da Cielo, que já vêm acontecendo há alguns períodos. Acreditamos que a companhia teve seus fundamentos deteriorados pela queda de sua vantagem competitiva. Com a entrada de concorrentes no setor, a companhia se viu pressionada, fazendo com que suas margens, que antes eram generosas, ficassem apertadas. Cabe ressaltar a intensa guerra de preços no setor.

Seguimos, portanto, de fora do papel, observando o case a distância.

ACESSO RÁPIDO
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    Tiago Reis
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    4 comentários

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    • Alex Vieira 24 de julho de 2019
      100% fora! Fortes indicadores de queda.Responder
    • Vagnet 24 de julho de 2019
      Numa visão de longuíssimo prazo! Teria chance de dar certo? Ou tem tudo pra dar errado?Responder
      • Ranieri 24 de julho de 2019
        Olha o tamanha da empresa. Faça as seguintes perguntas: ela está dando lucro ? Ela continua crescendo ? Ela tem uma boa administração ? E tire suas conclusões.Responder
    • Ranieri 24 de julho de 2019
      Apesar da análise, continuo com a empresa e se possível me reposicionando nas compras. Uma empresa com ela não vai ver o barco afundar sem tomar posiçãoResponder