Indicadores econômicos: as ferramentas que auxiliam um investidor

Avaliar os demonstrativos financeiros de uma empresa é uma tarefa essencial para o investidor em ações. No entanto, existem alguns números-chave que podem fornecer boas informações sobre a situação da empresa da qual estamos estudando, esses números são chamados de indicadores financeiros.

Os indicadores econômicos são múltiplos de mercado que orientam os investidores lhes fornecendo uma fotografia muito informativa sobre a empresa. Eles também tornam possíveis comparações de resultados entre duas companhias semelhantes.

Alguns desses indicadores demonstram a rentabilidade de uma empresa sobre os seus ativos tangíveis, outros a produtividade com que a empresa gere os seus custos a partir da sua receita, e também temos até indicadores de endividamento, dos quais demonstram o grau de alavancagem de uma companhia.

A seguir, falaremos um pouco mais sobre cada um dos principais indicadores para análise de empresas.

Indicador econômico de rentabilidade

O indicador que mede a rentabilidade de uma empresa é o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). O ROE é uma derivação oriunda do demonstrativo de resultados de uma empresa juntamente com o seu balanço patrimonial.

Para calcular o ROE basta pegarmos o lucro líquido acumulado dos últimos 12 meses e dividirmos pelo patrimônio liquido da empresa. O seu resultado é dado em porcentagem.

Esse indicador é considerado uma das melhores formas de identificar uma empresa de qualidade com elevadas vantagens competitivas, pois de modo geral, quanto maior esse indicador, melhor é a performance de uma empresa.

Indicadores de lucratividade

Um negócio obviamente não vale muita coisa se não gerar lucros. Desse modo, espera-se que uma empresa consiga reter resultados depois de descontados todos os custos que são necessários para continuar a sua operação.

São nesses casos que entram as margens de um negócio. Margem, de forma generalizada, é a porcentagem de lucros que uma empresa conseguiu auferir a partir da sua receita líquida.

Existem três tipos principais de margens, são elas:

  • Margem bruta: É a popularmente chamada “produtividade do chão de fábrica”, ela é calculada a partir do lucro bruto dividido pela receita líquida da empresa. Essa é uma boa métrica que ajuda a entender a lucratividade da empresa em relação aos seus custos variáveis.
  • Margem EBITDA: É a produtividade operacional da empresa, excluindo os juros, impostos depreciação e amortização. Ela é calculada dividindo o lucro EBITDA pela receita líquida da companhia.
  • Margem líquida: É a porcentagem de cada real de venda que restou após o desconto de todos os custos e despesas. Ela é calculada dividindo o lucro líquido pela receita líquida.

Indicador de endividamento

Os indicadores de endividamento nos fornecem dados que informam sobre a capacidade da empresa em apresentar lucros suficientes para que o endividamento seja devidamente quitado.

O indicador mais utilizado no mercado para essa tarefa é o quociente entre o Endividamento líquido/patrimônio líquido.

Essa é a relação entre o que a empresa deve para terceiros sobre todo o capital pertencente aos acionistas da empresa. Um índice elevado (geralmente acima de 3x) pode indicar que a companhia poderá passar dificuldades financeiras em quitar os seus financiamentos.

Por fim, é preciso lembrar que os indicadores econômicos são somente métricas que auxiliam o investidor na análise de um ativo, o que implica dizer que um estudo mais acurado dos relatórios financeiros de uma companhia nunca deve ser descartados.

 

 

 

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    Tiago Reis
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