Finanças corporativas: saiba como avaliar as finanças de uma empresa

As finanças corporativas são fundamentais quando se avalia uma empresa, pois elas são responsáveis pelas decisões financeiras das companhias.

Portanto, entender as finanças corporativas é uma forma de entender o retorno que uma empresa tem em relação a seus investimentos e seu capital de giro, por exemplo.

O que são Finanças Corporativas?

As finanças corporativas são uma área de finanças que envolve as decisões financeiras tomadas pelas empresas, além das ferramentas e análises utilizadas para obter tais decisões. São essenciais para criação de valor aos acionistas no longo prazo e portanto, entendê-las é uma prioridade.

Sendo assim, quando se fala em finanças corporativas, fala-se de todas as atividades financeiras que fazem parte do dia a dia de uma corporação.

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De fato: uma companhia que possua suas finanças corporativas bem planejadas tende a trazer bons retornos aos seus acionistas.

Por isso, é importante analisar a alocação de capital da empresa que se pretende analisar, além de verificar seus financiamentos e capital de giro.

Dessa forma, é possível verificar se a empresa estudada possui uma gestão financeira voltada para o longo prazo, o que costuma gerar retornos na bolsa de valores.

Quais os tipos de decisões que passam pelas Finanças Corporativas?

Primeiramente, é preciso saber que as movimentações financeiras estão ligadas a esse ramo das finanças, motivo pelo qual o setor financeiro é importante em qualquer empresa.

Dessa forma, uma boa equipe financeira pode definir como alocar recursos e como fazer financiamentos da melhor forma, por exemplo.

Uma vez que toda empresa precisa prestar contras através de seus demonstrativos financeiros, seus gestores podem fazer uso desses documentos para suas decisões.

Sendo assim, é preciso saber dados financeiros importantes, como o endividamento da companhia, quais projetos podem ser levados adiantes de acordo com o grau de risco que a companhia quer se expor, entre outros.

Uma vez que se tem o controle das finanças corporativas, é possível fazer análises dessas conjunturas e tomar as decisões operacionais devidas.

Por fim, é preciso saber que o executivo responsável pelas operações financeiras de uma empresa é comumente chamado de Chief Financial Officer (CFO).

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Para que servem as Finanças Corporativas?

 As finanças corporativas servem para considerar, principalmente, três fatores:

  • Financiamento de recursos;
  • Alocação de capital;
  • Administração do capital de giro.

1. Financiamento de recursos

Primeiramente, uma decisão muito importante para os gestores de uma companhia é decidir de onde virão os recursos para financiar a expansão das operações.

Ou seja: é preciso escolher uma combinação ideal de capital de terceiros e capital próprio. O capital de terceiros é composto pelas dívidas tomadas junto às instituições financeiras (empréstimos e financiamentos) e ao mercado de capitais (debêntures).

Por outro lado, o capital próprio é composto pelos recursos dos acionistas, tanto de acionistas ordinários quanto preferenciais. É fundamental nas finanças corporativas.

Sendo assim, entre os critérios para decidir essa mistura de capital, estão a alavancagem que a companhia deseja obter, o nível das taxas de juros e o conservadorismo dos gestores.

No entanto, os negócios que criaram mais riqueza para os acionistas costumam ser financiados de forma conservadora.

Ou seja: há uma preponderância de capital próprio em relação ao capital de terceiros.

Além disso, muitos desses negócios simplesmente não precisam de muito capital para continuar crescendo. É o caso das empresas de fidelidade e de seguros, por exemplo.

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2. Alocação de capital

A segunda decisão que os gestores da empresa devem tomar é a alocação de capital levantado junto aos credores e acionistas, além do próprio caixa gerado nas operações.

De fato, existem alguns destinos diferentes, como a distribuição de proventos para os acionistas da empresa, recompra de ações, pagamento de dívidas e reinvestimento no próprio negócio.

Portanto, a disciplina de como alocar capital é algo que deve ser feito comparando essas diversas opções, para que se escolha a opção que gere mais valor ao acionista no longo prazo.

De fato, existem diversos estudos que mostram como os melhores CEOs conseguem ser excelentes alocadores de capital.

No entanto, a alocação pode ser mal feita: existem várias empresas em que os administradores simplesmente buscam fazer aquisições pois a remuneração deles está atrelada ao tamanho da companhia.

Sendo assim, esse é um claro sinal de conflito de interesses com os acionistas, e isso deve ser considerado nas finanças corporativas.

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3. Administração do capital de giro

Por fim, o capital de giro é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. A princípio, um capital de giro positivo significa que a companhia irá conseguir pagar suas obrigações de curto prazo com os seus recursos mais líquidos.

No entanto, essa não é, necessariamente, a melhor decisão para criação de valor aos acionistas.

Sendo assim, se a companhia pagar seus fornecedores a prazo, mas receber à vista, então o capital de giro pode se tornar negativo. Entretanto, a empresa é beneficiada.

Uma vez que ela evita pagar juros aos bancos e, ainda, pode investir seu caixa até que precise pagar os fornecedores, essa pode ser uma boa medida.

Como as Finanças Corporativas impactam os investimentos?

Primeiramente, é preciso saber que finanças corporativas refletem as decisões dos gestores da companhia a respeito das fontes de financiamento e uso de capital.

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Dessa forma, se essas decisões forem bem feitas, o acionista será beneficiado no longo prazo.

No entanto, se a empresa tomar más decisões financeiras, o contrário também é verdadeiro: resultados operacionais negativos e queda nas cotações.

Sendo assim, uma péssima administração das finanças pode arruinar uma companhia sólida. Por outro lado, uma boa gestão pode ajudar a melhorar seus resultados.

Portanto, esse é um critério que deve ser utilizado por qualquer investidor na tomada de decisões a respeito de que empresas escolher para sua carteira de ativos.

Por fim, é preciso lembrar que esse não deve ser o único fator avaliado: é preciso fazer uma análise da empresa de forma integrada.

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    Rodrigo Wainberg
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