Fiikipedia: quatro passos iniciais para se montar uma carteira de investimentos

Nesta semana, faremos a nossa tradicional Live com perguntas e respostas. Vamos debater os últimos acontecimentos do mercado de Fundos Imobiliários no Brasil. Sua presença é muito importante!

LIVE – SUNO RESPONDE (24/JAN/2019 às 21h)


O tempo passa e estou cada vez mais convencido de que não existe a melhor forma de se investir, mas eu não tenho dúvidas de que é essencial ter uma estratégia clara para você seguir que possa sistematizar seus aportes.

Digo também que montar uma carteira, talvez, seja mais fácil do que mantê-la, pois os investidores, via de regra, possuem fluxo de caixa recorrente e, neste sentido, somos levados a fazer aportes na carteira para que possamos acumular mais Patrimônio e Renda.

É o que eu chamo de Fluxo e Refluxo.

Desta forma, vamos usar como exemplo uma suposta carteira teórica, com 10 ativos, distribuídos entre Fundos Imobiliários. O conceito é o mesmo para qualquer classe de investimentos, ou seja, basta adequar à visão global da carteira.

  • Posição inicial (2,5%) – Se o ativo não merece ao menos uma posição inicial, talvez seja porque ele nem deveria entrar. Avalie com mais critério.
  • Posição intermediária (5%) – Neste momento, você está buscando aprofundar seu conhecimento quanto aos ativos e o Fundo vem ganhando cada vez mais a sua confiança. É natural que ganhe peso e tração dentro da carteira.
  • Posição desejada (10%) – A tendência é que os Fundos fiquem nesta faixa percentual, justamente porque são as posições almejadas face à quantidade proposta para a carteira, ou seja, são FIIs que possuem maior previsibilidade quanto às distribuições mensais e os riscos foram devidamente mensurados.

IMPORTANTE: O exemplo foi dado com 10 ativos. No entanto, você pode usar o mesmo racional para uma carteira com quantidades variadas.

Vamos então, agora, criar uma sequência que permita sistematizar sua forma de investir:

PASSO ZERO – Tenha uma renda-alvo

Defina uma renda-alvo para sua carteira que faça sentido.

Vale ponderar que a diversificação deve ser ancorada na premissa de se “ganhar mais com menos risco”, sobretudo pelo fato da proteção que, ao mesmo tempo, possa maximizar o retorno proposto para a carteira.

PASSO 1 – Defina critérios para cada tipo de Fundo.

O investidor deve saber o que está buscando.

Não se pode comprar um imóvel só porque ele é “bonitinho”. Isto não é concurso de beleza. Há de se ponderar outros pontos, sendo que, para cada Fundo e/ou Setor, temos critérios a serem observados.

Saiba diferenciar o que é uma boa laje corporativa, um bom galpão, um bom shopping ou mesmo um bom risco de crédito (FII de Papel). Para Fundos de Fundos, avalie o histórico dos Gestores, por exemplo.

PASSO 2 – Avalie os extremos e comece uma pré-seleção.

Este passo é fundamental. Procure selecionar algum Fundo que não goste, de forma alguma, e outro que deixe seus olhos brilhando.

Conhecer os extremos é um salto porque, daí para a frente, tudo fica mais fácil.

PASSO 3 – Faça comparação entre pares.

A comparação vai permitir a você ter uma carteira balanceada por setores e tipos. Comparar ativos do mesmo setor vai evitar sobreposições e que você não construa uma carteira altamente correlacionada.

Na prática, você precisa ter ativos que possam se mover em direções diferentes em determinados cenários, até para que possa se proteger contra oscilações mais fortes.

PASSO 4 – Tenha uma Referência

Com os títulos públicos atrelados à inflação a 6%, um determinado ativo pode estar caro, mas e agora? Isso não é fazer timing. É avaliar o contexto em que está inserido e tomar uma decisão em relação às compras com base em uma referência de uma Taxa Livre de Risco. Apenas isto

As linhas de corte para cada tipo de Fundo devem ser baseadas em critérios, ou seja, não podemos ter a mesma avaliação para um shopping maduro e um ativo com altíssima vacância, por exemplo.

Lembre-se de que é essencial ter uma referência daquilo que entende como seguro e rentável, seja com base em outro FII, juros ou o próprio IFIX. Não importa. O que importa é você ter sempre alguma referência para ancorar a tomada de decisão.

E, por fim, lembre-se de acessar a nossa playlist no canal do Youtube, que visa mapear os principais FIIs do mercado.

ESPERO POR VOCÊ!

Participe de nossas Lives, no Canal do Youtube da Suno Research, sobre Fundos Imobiliários às quintas-feiras às 21h e aproveite para tirar ainda mais dúvidas sobre tudo que foi abordado neste artigo.

Além disso, temos Relatórios e Radares bem completos que são publicados semanalmente, trazendo destaques dos principais Fundos Imobiliários negociados no mercado brasileiro.

ACESSO RÁPIDO
    Marcos Baroni
    Compartilhe sua opinião
    Nenhum comentário

    O seu email não será publicado. Nome e email são obrigatórios *