Excedente econômico: medida de eficiência e bem estar

Uma das grandes preocupações da ciência econômica e estudar e medir a eficiência dos mercados e o bem estar da economia. Para isso, calcula-se o excedente econômico.

O excedente econômico é usado muitas vezes para demonstrar ineficiências que os mercados de monopólio e oligopólio têm em comparação com mercados competitivos.

O excedente econômico é a soma do excedente do consumidor e do produtor em um mercado. Indica o nível de eficiência e de bem estar dos agentes desse mercado. Na teoria econômica ortodoxa, o bem estar seria o maior possível quanto maior for o excedente econômico, sendo o excedente do produtor igual ao do consumidor.

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Por excedente entende-se o valor que sobrou em relação à expectativa de ganho ou gasto em uma negociação. Vejamos por partes pelo exemplo do mercado de sorvete.

Exemplo de excedente econômico

O excedente do consumidor é o quanto o consumidor está disposto a pagar por um produto ou serviço menos o que de fato ele paga.

No exemplo do mercado de sorvete, Maria está disposta a pagar três reais por uma casquinha de sorvete. Se ela paga três reais na casquinha não houve excedente. Mas se ela conseguiu pagar dois reais, teve um real como seu excedente. Ou seja, ela conseguiu um real a mais do que esperava nessa transação.

Por outro lado, o excedente do produtor é quanto o produtor consegue vender o seu produto menos o custo de produção do mesmo.

No exemplo, o custo de produção de uma casquinha de sorvete é dois reais. Se a sorveteria vendê-la por dois reais, não terá excedente. Já se vender a três reais terá um real de excedente.

No caso da casquinha de sorvete ser vendida a 2,50 reais, Maria terá um excedente de 0,50 centavos e a sorveteria também. Ou seja, os dois agentes econômicos estarão igualmente satisfeitos com essa transação.

E o excedente econômico será a soma dos dois excedentes. Ou seja, um real.

Excedente econômico e eficiência e bem estar

excedente econômico

Em mercados eficientes, o exemplo acima é possível. Tanto o consumidor como o produtor ficam igualmente felizes com o mercado.

No entanto, outras estruturas de mercado possibilitam que o excedente do produtor seja maior que o consumidor por dar poder de mercado as empresas.

Em uma estrutura de monopólio o consumidor não tem escolha que não consumir com a empresa monopolística. Por isso, os preços cobrados são acima do que seria o equilíbrio de mercado. De forma que parte do excedente do consumidor fica com o produtor.

No oligopólio isso também ocorre por falta de competição.

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Mas outro fator que leva ao desequilíbrio e mesmo a diminuição do excedente econômico é o imposto. Ao ser adicionado o valor do imposto na transação o custo fica maior para o produtor e o consumidor terá que pagar a mais.
E assim, uma parte do valor é perdido. Não vai nem para o produtor nem para o consumidor.

Em economia chama-se esse valor perdido de peso morto. Quanto maior o peso morto, maior é a perda do excedente econômico. Logo, mais ineficiente é o mercado.

Dessa forma, muitos estudos são feitos em economia para saber o quanto a carga tributária está diminuindo o excedente econômico e o quanto o Estado está proporcionando a essa economia para compensar esse custo de bem estar.

ACESSO RÁPIDO
    Tiago Reis
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