Candlestick: o que é? Vale a pena utilizar essa técnica de análise gráfica?

O candlestick é um dos temas mais buscados para aqueles que desejam fazer uma análise de ações através dos gráficos, sendo muito utilizado pelos traders.

No entanto, o candlestick pode ser arriscado para investidores iniciantes no mercado. Para esses o ideal é conhecer as características dessa ferramenta e avaliar quais os riscos da análise técnica, ou quem sabe optar pela análise fundamentalista, por exemplo.

O que é Candlestick?

Candlestick é uma técnica utilizada para fazer análise gráfica de ativos negociados na bolsa de valores, como ações, índices, minicontratos, entre outros.

Ou seja, é uma ferramenta usada na análise técnica a fim de antecipar os movimentos do mercado. Além disso, existem diversas formas de chamar essa ferramenta, sendo as mais famosas:

  • Candlestick;
  • Vela japonesa;
  • Candelabro.

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Quando surgiu o candlestick?

O candlestick foi apresentado ao mundo pela primeira vez por Munehisa Homma (Sakata – Japão) em meados do século XII, como ferramenta de análise de preços dos contratos futuros de arroz.

A princípio, há uma lenda nos livros que diz que quem utilizou essa técnica no passado fez mais de 100 operações de compra e venda vencedoras e consecutivas.

Entretando, Steven Nison, um famoso operador do mercado de ações da bolsa de Nova York, foi quem trouxe ao ocidente esta técnica, no início da década de 1980.

Primeiramente, a única forma de representar o movimento dos preços dos ativos era através dos gráficos plotados ligando-se os pontos de fechamento diário.

Entretanto, com o passar do tempo, estudos mostraram formas mais eficazes de se analisar a variação do preço de um ativo, no tempo.

Foi aí que surgiu a ideia do candlestick, onde o operador conta com 4 informações em uma única figura gráfica.

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Como funciona o candlestick?

A análise se faz através da identificação de figuras candlestick formadas pelos candles. É utilizada também para avaliar uma tendência de alta ou de baixa do mercado, bull market ou bear market e assim validar a análise.

Portanto, tais figuras gráficas são úteis para antecipar futuros movimentos dos preços dos ativos. Além disso, servem como sinalizadores de preços suportes e resistências.

Assim, os candles funcionam seguinte forma:

  • A cada período de tempo, são representadas as 4 variações de preço através de 1 vela.

Por outro lado, os candles não precisam necessariamente serem utilizados para representar o período de um dia. Eles podem também representar outras periodicidades. As mais utilizadas são:

  • 1 minuto
  • 15 minutos
  • 60 minutos
  • 1 hora
  • 12 horas
  • 1 semana
  • 1 mês

Dessa forma, preço suporte se configura quando um ativo está em movimento de queda, e não consegue ultrapassar aquele determinado preço.

Por outro lado, resistência significa o inverso, quando o mercado está em tendência de alta e o ativo “para” em um determinado preço e não consegue rompê-lo.

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Quais são as características do Candlestick?

As três principais características do canlestick são:

  • Período;
  • Formato;
  • Cor.

Período

Em primeiro lugar, é preciso saber o período do candle representa o comportamento do preço de um ativo em determinado período de tempo, que pode ir de um minuto até um ano ou mais.

Formato

Em segundo lugar, o formato do candle é determinado pelos valores que o preço do ativo chegou durante determinado período. Esses períodos são o de abertura, fechamento, máxima e mínima.

Cor

Por fim, a cor do candle determina se a movimentação no preço do ativo foi de alta ou de baixa.

Ou seja, se o preço de fechamento for menor do que o de abertura, o movimento é de baixa. Por outro lado, se o preço for maior, o movimento é considerado como de alta.

Como interpretar o candlestick?

Em primeiro lugar, o principal e mais importante objetivo do candlestick, segundo os operadores de mercado, da análise utilizando-se candles, é a antecipação de reversões de tendência.

Segundo a técnica do candlestick, as mudanças no movimento dos preços das ações, commodities, moedas, etc., pode ser vista através da disposição dos candles de modo a formarem certos padrões de candlesticks já conhecidos.

A repetição de padrões faz com que a probabilidade de repetição de certo movimento dos preços seja elevada, e, com isso, atitudes podem ser tomadas para mitigar o risco de perdas no mercado através de especulação.

Entretanto, os padrões mais conhecidos de figuras gráficas utilizando candles são:

  • OCO (Ombro-cabeça-ombro)
  • OCOI (Ombro-cabeça-ombro-invertido)
  • Bandeira de alta ou de baixa
  • Flâmula
  • Topo ou fundo triplo
  • Diamante
  • Ilha de reversão
  • Triângulo simétrico ou assimétrico
  • Cunha
  • Retângulo
  • Cup and Handle
  • Alargamento

Dessa forma, cada uma dessas figuras representa um ponto de atenção na análise gráfica de ativos.

Porém, esse é um universo vasto, com muito conteúdo disponível para quem quer aprender a operar e ser um “trader”.

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Quais são os riscos da análise técnica?

De fato, antes de se utilizar técnica de candlestick, deve-se ter consciência de que essa é uma prática que envolve muitos riscos.

Muitos analistas não recomendam esse tipo de técnica de investimento, principalmente para quem é iniciante no mercado de capitais.

No entanto, essa ferramenta é vendida por muitos participantes do mercado como uma forma analítica de ganhar dinheiro na bolsa, algo que pode não se concretizar para muitos.

Para aqueles que não são profissionais do mercado financeiro, o ideal é focar no longo prazo, com aportes consistentes para criar riqueza no futuro.

Portanto, a técnica do candlestick não se encaixa nesse perfil, sendo muito perigosa para aqueles que não possuem o tempo e as habilidades para tranalhar como trader.

Ainda possui dúvidas a respeito do funcionamento do candlestick? Comente abaixo para que possamos te ajudar.

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    Tiago Reis
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    2 comentários

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    • […] O autor da técnica é o americano John Bollinger (nascido em 1950), analista financeiro e colaborador da área de análise técnica. John lançou o seu livro Bollinger on Bollinger Bands em 2001, mas essa técnica começou a ser desenvolvida por ele ainda na década de 1980. As bandas são derivadas das médias móveis e mostram que, independente de qualquer movimento que o preço faça, ele tende a voltar a um equilíbrio. Portanto, temos aí um “estreitamento das bandas” no gráfico de candlestick. […]Responder
    • […] O autor da técnica é o americano John Bollinger (nascido em 1950), analista financeiro e colaborador da área de análise técnica. John lançou o seu livro Bollinger on Bollinger Bands em 2001, mas essa técnica começou a ser desenvolvida por ele ainda na década de 1980. As bandas são derivadas das médias móveis e mostram que, independente de qualquer movimento que o preço faça, ele tende a voltar a um equilíbrio. Portanto, temos aí um “estreitamento das bandas” no gráfico de candlestick. […]Responder